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Na abertura da Rio +10, clima de otimismo

O secretário-geral da Rio +10, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, o indiano Nitin Desai, elevou dramaticamente as expectativas em torno do evento, que será aberto ontem em Johannesburg, África do Sul. “Minha expectativa é de que, no dia 5 de setembro (um dia depois do encerramento), possamos dizer quantas pessoas, e onde, poderão se beneficiar dos compromissos firmados aqui”, disse Desai, em entrevista coletiva no início da tarde de ontem.

A afirmação otimista destoa das declarações de autoridades ao redor do mundo, que tentaram reduzir as expectativas quanto a benefícios concretos e imediatos da reunião, explicando que esse é um longo processo, tanto de construção de consenso em torno de compromissos quanto de pressão social pelo seu cumprimento. A posição de Desai é endossada por Jan Pronk, enviado do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, também enfático: “Não podemos deixar Johannesburg sem um acordo e o firme compromisso de colocá-lo em prática. É impossível. Não queremos mais textos, já assinamos muitos deles nos últimos anos.”

Para Desai, a diferença fundamental entre esta cúpula e a Conferência das ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada há dez anos, é de que a do Rio “procurou mudar a maneira como as pessoas falavam do meio ambiente”, enquanto em Johannesburg se trata de “mudar a maneira como as pessoas agem”. (O Estado de SP)

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