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Zoneamento identifica 37 milhões de hectares para cana

O estudo de zoneamento do plantio de cana-de-açúcar no país mapeou a existência de 37 milhões de hectares de pastagens degradadas com aptidão total para o cultivo da cultura no país, sobretudo nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul.

O governo não permitirá o plantio da cana no bioma amazônico nem no Pantanal, à exceção de áreas onde já existem usinas implantadas, mas decidiu dar prioridade e incentivos ao cultivo da matéria-prima em uma área de 5 milhões de hectares na próxima década.

Esse estudo garante a expansão do setor em áreas novas e de pecuária sem comprometer regiões sensíveis, como a Amazônia. Com isso, dá respaldo para que o setor não seja alvo de pesadas críticas, sobretudo da União Européia, que acusa o país de desmatar a floresta amazônica.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao divulgar o zoneamento em Brasília defendeu os biocombustíveis. “Temos sete milhões de hectares hoje e vamos expandir para mais cinco milhões. E não vamos admitir que barreiras comerciais contra nosso etanol sejam usadas como argumentos ambientais”.

O estudo sugere um máximo de quebra de safra de 20% para variedades de cana com até cinco cortes. Os cientistas aconselham o governo a limitar o déficit hídrico a 200 ou 300 milímetros. O trabalho sugere evitar recomendações em áreas com 90 dias sem excedente hídrico na época da colheita e desestimula incentivos em zonas de reservas florestais e beiras de rio.

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