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Usinas ainda têm grandes desafios a vencer nos próximos anos

Os desafios são muitos para o setor sucroalcooleiro até 2015, quando a maioria dos novos projetos de construção de usinas de açúcar e álcool anunciados por vários grupos estiver consolidados e em plena operação no país.

“Eliminar o gargalo logístico, sem dúvida, é um deles”, aponta Plínio Nastari, diretor-presidente da consultoria Datagro, uma das mais importantes do país.

Aumento de produtividade e redução dos custos de produção também estão entre as metas que as usinas devem buscar para o setor, afirma Nastari.

Muitas usinas do setor já fizeram a lição de casa em adotar as práticas socioambientais, que incluem desde o fim da queimadas da cana e melhores condições trabalhistas, mas fica o alerta de que um desvio na curva pode comprometer o trabalho realizado e conqusitas nos últimos anos pelo setor.

Para Júlioa Maria Martins Borges, presidente da Job Economia e Planejamento, as usinas têm agora desafios de curto prazo que terão de ser superados para não comprometer as metas para 2015. “Muitas usinas estão em situação financeira delicada. Muitas tiveram que adiar projetos para não compremeter o caixa”, diz.

A expansão do setor sucroalcooleiro, que nos últimos anos anunciou centenas de novos projetos, gerou uma forte demanda por mão-de-obra qualificada. Falta trabalhador qualificado para operar máquinas agrícolas. As usinas estão carentes de executivos de primeiro e segundo escalões. “A carência de mão-de-obra provocou um canibalismo no mercado de trabalho”, afirma. Segundo Martins Borges, as usinas têm de mudar o seu conceito de Recursos Humanos.

As discussões sobre a transformação do álcool em commodity internacional sempre vêm à tona, mas não saem do lugar. Segundo Plínio Nastari, o álcool tem condições de ser uma commodity internacional. Para Martins Borges, o Brasil pode perder a chance de liderar esse caminho, caso não fortaleça os negócios na Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F). “O álcool tem condição de ser negociado na bolsa de Nova York, Chicago ou BM&F, mas tem que ganhar força aqui no país, senão o Brasil perderá a chance de liderar esse mercado”, diz.

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