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Usina de cana do Grupo Bertin pode ser reaberta

Usina de cana do Grupo Bertin pode ser reaberta

O Grupo Bertin, controlador da companhia sucroenergética Infinity Bio-Energy, que está em recuperação judicial, discute a possibilidade de retomar as atividades de uma de suas usinas de cana-de-açúcar. 

inA usina do Grupo Bertin que pode ser reaberta é a Cridasa, localizada no distrito de Cristal do Norte, no município de Pedro Canário, na região do Norte capixaba, no estado do Espírito Santo.

A possibilidade de retomada da Cridasa foi discutida no dia 31/01 na sede da Destilaria Itaúnas S/A (Disa), também controlada pelo Grupo Bertin.

O encontro na Disa contou com a participação do o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Aquicultura e Pesca de Pedro Canário, Enio Bergoli, o presidente do grupo Bertin, Douglas de Oliveira, o prefeito de Pedro Canário, Antônio Wilson Fiorot, o presidente da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais de Cristal do Norte (Cristalcoop), Ulisses Freitas e representantes dos plantadores de cana.

Conforme o Portal JornalCana apurou, as representações acordaram encaminhamentos com prazos e responsabilidades. Até o dia 16 de setembro, o Grupo Bertin apresentará ao Governo do Estado um plano de investimento para a reestruturação completa e reativação da Cridasa, além de uma proposta de adequação tributária para o setor de álcool e açúcar no Espirito Santo, comparativamente aos estados vizinhos, como Bahia e Minas Gerais.

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Viabilidade

“De posse desses documentos, vamos atuar em âmbito estadual com as demais secretarias de Governo envolvidas, como Desenvolvimento e Fazenda para estudarmos a viabilidade das proposições. O Governo do Espírito Santo não vai medir esforços para encontrar a solução para esses problemas que atingem inúmeras famílias de trabalhadores rurais no município de Pedro Canário e região”, afirmou o secretário de Agricultura Enio Bergoli, em relato distribuído pela assessoria de imprensa.

De acordo com Douglas de Oliveira, a paralisação da usina Cridasa se deu por vários motivos, com destaque para fato de a unidade não produzir açúcar, que é mais rentável, além do que outras empresas do grupo na região, como Alcana e Disa, serem muito próximas, e possibilitarem uma otimização de custos ao absorver a produção de cana do entorno da usina que está fechada.

“Contudo, o grupo Bertin vai rever suas estratégias e proporá soluções conjuntas, envolvendo o Governo do Estado e a Prefeitura de Pedro Canário, com vistas a reestruturar o arranjo sucroalcooleiro da região, com a possibilidade de reabertura da Cridasa”, destacou Oliveira.

Também ficou acordado que o Grupo Bertin cortará toda a cana desse ano-safra dos produtores em conformidade com os contratos estabelecidos. “Nós precisamos que a cana seja cortada e adquirida pelo Grupo Bertin até dezembro, como forma de não sacrificarmos a colheita do próximo ano e trazer prejuízos ainda maiores para nós, produtores de cana, como já ocorreu em anos anteriores”, pontuou Ulisses Freitas, presidente da Cristalcoop.

No final da reunião o prefeito de Pedro Canário, Antônio Wilson Fiorot, entregou um relatório com o impacto econômico e social do fechamento da usina ao presidente do grupo Bertin.

“É muito triste ver o que está acontecendo no distrito de Cristal do Norte e no município de Pedro Canário como um todo. Vemos agricultores sem saber se terão sua produção comprada, famílias inteiras se mudando, tivemos uma queda em nossa receita e um aumento da criminalidade na região. Saio feliz com o resultado dessas definições apresentadas e esperamos que nossa situação melhore o mais rápido possível”, comemorou.

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