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Unica sugere mandato por redução de emissões

Unica sugere mandato por redução de emissões

A presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, propõe criar um sistema de mandatos por emissões de poluentes, e não por venda de etanol no mercado.

A proposta foi apresentada pela executiva em seminário nesta terça-feira (13/12) de lançamento do programa RenovaBio, em Brasília.

Esse sistema [de emissões], informa ela, já é aplicado em estados dos Estados Unidos como a Califórnia. “Lá, inclusive, o etanol brasileiro é considerado avançado e tem uma espécie de prêmio por isso.”

Pela proposta da Unica, será criado um sistema de medição de emissões de poluentes pelos combustíveis. Esse sistema entraria no programa RenovaBio, que deverá ter consulta pública no mês de março próximo.

O passo seguinte será levar as conclusões para o Ministério de Minas e Energia (MME), que lançou o RenovaBio, e, depois, para o Congresso Nacional.

Elizabeth informa que em 2005, houve emissão de 2,11 toneladas equivalente de poluentes, ante 1,84 em 2015, por conta do aumento de consumo de etanol na frota leve do país.

“Em 2020, se ficar como está, a emissão irá para 2,12 com a esperada queda de participação do etanol no ciclo otto, e em 2030, se nada for feito, haverá 2,36 de emissões. Mas com cenário de expansão de etanol, cairá para 1,67.”

Medidas

A partir de 2017, disse a presidente da Unica, é preciso que se reconheça as externalidades do etanol. Daí, será preciso trabalhar entre janeiro e fevereiro com essas propostas, para levar em consulta pública em março.

“A partir de 2018, teria-se a implementação do mandato, primeiro em rodada não obrigatória e, em 2019, ter condições de deslanchar o programa RenovaBio.”

Com o RenovaBio, emenda, discute-se medidas de abastecimento do mercado, de regular mercado e emissões, “mas de discutir o DNA de desenvolvimento econômico, porque o setor sucroenergético abrange 1,6 mil municípios brasileiros, 30% do total.”

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