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UE e Brasil acertam reforçar cooperação em provisão de energia sustentável

O comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs, e o ministro brasileiro de Minas e Energia, Edison Lobão, acertaram hoje reforçar sua cooperação bilateral em matéria de energia, de cara a conseguir provisões energéticas “sustentáveis e confiáveis”. Além disso, a UE e o Brasil se propuseram a unir esforços em pesquisa na segunda geração de biocombustíveis, e decidiram promover sua cooperação industrial tanto em tecnologias como o “carvão limpo”.

O comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs, e o ministro brasileiro de Minas e Energia, Edison Lobão, acertaram hoje reforçar sua cooperação bilateral em matéria de energia, de cara a conseguir provisões energéticas “sustentáveis e confiáveis”.

Este é o primeiro encontro em nível ministerial que acontece desde o início do Diálogo de Política Energética entre a União Européia e o Brasil, impulsionado em Bruxelas em julho de 2007 durante uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Piebalgs e Lobão se reuniram em São Paulo, no contexto da primeira viagem do comissário ao Brasil para participar da II Conferência Internacional de Biocombustíveis.

O comissário europeu avaliou o papel que o Brasil representa como “membro estabilizador e de confiança na América Latina”, e destacou sua importância nos biocombustíveis, a segurança de provisão energética e o debate sobre a mudança climática.

Piebalgs mostrou seu desejo que em breve ambas as partes adotem um plano de ação conjunta, no marco do acordo estratégico estabelecido há um ano entre Brasil e UE.

“O claro entendimento ao qual chegamos, tanto em nossas políticas como em nossas prioridades de cooperação bilateral no campo da energia, constituem uma valiosa preparação para a próxima cúpula entre a UE e Brasil”, disse o comissário, uma reunião que será realizada no Rio de Janeiro no dia 22 de dezembro.

Por sua parte, o Lobão lembrou que o Brasil e a UE são atores-chave no setor da energia como consumidores e produtores, mas também como centros de desenvolvimento tecnológico e inovação.

Além disso, expressou seu desejo de que o Governo brasileiro “aprofunde sua cooperação e troca de experiência com a UE na área energética”.

Concretamente, UE e Brasil acertaram se concentrar na troca de experiências e de consultas técnicas sobre assuntos reguladores a fim de potencializar mercados energéticos competitivos, sem excluir a possibilidade de investimentos.

Também se comprometeram a trabalhar na eficácia energética e na gestão da demanda, em particular por meio de sua participação na Sociedade Internacional de Cooperação para a Energia Eficiente (IPEEC, em inglês).

Este novo marco global de economia de energia foi impulsionado no mês de junho pelos países do G8 (as oito maiores economias do mundo: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido e EUA) e do G5 (as cinco economias emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul)

Além disso, a UE e o Brasil se propuseram a unir esforços em pesquisa na segunda geração de biocombustíveis, e decidiram promover sua cooperação industrial tanto em tecnologias como o “carvão limpo”, como também em energia e segurança nuclear, dando especial importância às energias renováveis.

Por último, ambas as partes confirmaram seu apoio a longo prazo ao biocombustível e à produção de “bioenergia”.

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