Mercado

Trabalho digno no campo

Os mais de 80 mil canavieiros de Pernambuco ganharam um reforço para garantir um trabalho decente e direitos trabalhistas regularizados. Fruto de uma iniciativa do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta foi assinado, ontem, pelo governador do estado, Eduardo Campos, e representantes do setor sucroalcooleiro, no Palácio do Campo das Princesas.

O contrato de entendimento foi assinado por representantes de 22 usinas: Santa Tereza, Destilaria P.A.L., JB , UNA Açúcar e Energia, Catende, Olho Dágua, Cruangi, Cucaú, Ipojuca, Petribu, Pumaty, Salgado, São José, Trapiche, União, Vitória, Usivale, Vale Verde, Cachool, Bom Jesus, Bulhões e UNA Álcool.

Quem comemorou a assinatura do termo foi o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetape), José Rodrigues da Silva. “O trabalhador canavieiro passa por um momento difícil. Muitos deles estão com salários atrasados e outros desempregados. Esperamos que essa junção de forças venha resolver a situação salarial desse povo sofrido que depende do trabalho para sobreviver”, declarou.

O governador destacou que o setor sucroalcooleiro é responsável pelo futuro do estado por causa do crescimento do biocombustível. Ele ressaltou ainda que para cada tonelada de cana-de-açúcar produzida no estado são gerados seis empregos. “Precisamos entregar a Zona da Mata para as novas gerações. Esse é o desafio”, disse.

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, disse que o acordo vai melhorar a qualidade da economia de Pernambuco. “Estamos dispostos a colaborar na melhoria das condições! de trabalho dos empregados agrícolas”, afirmou. O procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes, disse que a crise econômica ajudou a valorizar o homem. “O atual momento cria um mercado interno no qual a crise não vai atingir”.

Já para a presidente do TRT da 6ª Região, a desembargadora Eneida Melo Correia, esse é um momento de grande significado para o estado. “Trata-se de um ato de verdade entre os empresários. É um acordo que pode evitar acidentes e indenizações para as usinas”, declarou.

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