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Usina Paraíso alega falta de cana e para produção de etanol

A Usina Paraíso, de São Sebastião do Paraíso (MG), suspendeu a produção de açúcar e etanol pelo menos até 2013. A empresa, que pertence ao grupo sucroenergético mineiro Infinity Bio-Energy, alegou falta de cana-de-açúcar para moagem.

O grupo está em recuperação judicial desde 2009 e tem seis usinas nos Estados de Minas, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Bahia.

A expectativa em 2011 é moer 6,7 milhões de toneladas e produzir 310 mil toneladas de açúcar e 320 milhões de litros de etanol.

Dos 800 funcionários da usina, segundo informou a assessoria, 200 foram demitidos e o restante será mantido nas atividades de corte e transporte da cana. A empresa informou que os demitidos terão emprego em outras usinas da região.

O sindicato dos trabalhadores rurais de São Sebastião do Paraíso não foi informado oficialmente pela empresa do corte de funcionários nem da suspensão da produção.

A Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) informou, por meio de sua assessoria, que a empresa não é associada da instituição e que, portanto, não poderia comentar o assunto.

A falta de cana na região centro-sul, inclusive, fez a Unica rever para baixo a projeção de safra para 535,5 milhões de toneladas.

Já a produção de cana no Estado mineiro caiu 21,5% na safra atual em relação à anterior, segundo dados da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais).

De acordo com a associação, a produção na safra atual alcançou 15,8 milhões de toneladas. A falta de investimentos na renovação dos canaviais foi apontada como principal causa para a queda na produção.

A direção da Usina Paraíso informou, por meio de sua assessoria, que os 400 mil hectares plantados na região serão vendidos para terceiros. Os compradores, segundo a assessoria, são usinas da região.

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