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Sumaúma ganha produtividade combatendo maresia

Nos últimos quatro anos a Usina Sumaúma, do Grupo Toledo, instalada em Marechal Teodoro (AL), decidiu combater a maresia para reduzir custos com a manutenção de equipamentos da planta industrial. O resultado pode ser confirmado agora com ganhos em produtividade combatendo um problema que poderia passar desapercebido. O diretor-superintendente da usina, Alberon Cabral Toledo, revela que “posso afirmar que o combate à maresia com a substituição de equipamentos permitiu um ganho de produtividade industrial próximo a 3%”.

Em praticamente 80% da indústria, tudo que era feito de aço de carbono foi aos poucos substituído nos equipamentos feitos com aço inox. As tubulações que eram trocadas anualmente pelo efeito corrosivo da maresia, já que a Sumaúma está distante apenas 14 quilômetros do mar. O baixo ph da água usada pela indústria também acelerava a corrosão das tubulações. “Com o aço inox estamos prevendo uma vida útil de no mínimo oito anos para equipamentos que todo ano tínhamos que trocar”, explica o diretor-superintendente.

Além disso, o diretor-superintendente explica que a troca dos equipamentos fabricados com aço inox reduziu sensivelmente os contaminantes no caldo, reduzindo o tratamento e as perdas. Como a usina produzia açúcar brando, acrescenta ele, havia um grande desgaste dos tubos de aquecimento e evaporação, o que era intensificado pela corrosão provocada pela maresia no aço de carbono. Também com a substituição por equipamentos de aço inox houve sensível redução na manutenção anual.

Apesar do custo de implantação do projeto para instalar equipamentos de aço inox ser o dobro em relação ao aço de carbono, o diretor-superintendente da Sumaúma revela que a redução de custos com a manutenção, troca de equipamentos e os ganhos de produtividade são compensadores, apesar de não falar em valores. “Tínhamos pontos críticos nos condensadores, um problema agravado pelo baixo ph da água e pela maresia, mas resolvemos o problema de manutenção com o aço inox”, explica o diretor-superintendente.

Para a safra 2.003/04, em andamento, a Sumaúma não só confirma ganhos de ganhos de produtividade com a substituição de equipamentos do aço carbono por aço inox, como também no volume geral da produção. “A safra deve mesmo ser 25% maior em relação à passada”, reafirma Alberon Cabral Toledo. A estimativa é de uma moagem próxima a 1,8 milhão de toneladas de cana para a fabricação de 15 milhões de litros de álcool e 1,6 milhão de sacas de açúcar.

Leia na edição de janeiro do JornalCana Nordeste reportagens sobre os investimentos que estão fazendo as usinas e destilarias nordestinas.

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