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Rentabilidade da cana causa abandono de outras culturas, diz Conab

O diretor de Logística da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, disse há pouco que, graças à maior rentabilidade proporcionada pela cana-de-açúcar, tem havido, principalmente no Centro-Oeste e Sudeste do País, uma migração para a cultura de cana de áreas antes voltadas para pecuária, soja e milho.

Porto sublinhou que, no caso principalmente da pecuária, a queda de preços causada pelos problemas com a febre aftosa estimulou muitos produtores a passarem a plantar cana. Segundo ele, a migração tem ocorrido principalmente em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Paraná. No caso de São Paulo, por exemplo, a migração tem ocorrido de pecuária e cítricos para a cana e, no Paraná, além de pecuária, soja e milho, a troca tem ocorrido também nas culturas de mandioca.

Segundo a Conab, de 1995 para cá, a área plantada de cana-de-açúcar no País cresceu cerca de 35%, de 4,559 milhões de hectares para cerca de 6,2 milhões atualmente. A produção de cana, em igual período, saltou de 303,699 milhões de toneladas, na safra 1995/1996, para 469,8 milhões de toneladas previstas para a safra 2006/2007. O crescimento, em uma década, é de 55,7%.

Sílvio Porto afirmou, também, que tem havido uma migração de produtores de cana do Nordeste para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, por conta das limitações de expansão da área plantada no Nordeste, além de fatores logísticos, uma vez que, no Centro-Oeste e Sudeste, o produtor está mais perto do mercado consumidor.

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