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Produtor alcança produtividade de três dígitos utilizando insumo da Ubyfol

Uso de complexo nutricional em canaviais e viveiro de MPB reduz uso de nitrogênio e contribui significativamente para o aumento da produtividade

Produtor alcança produtividade de três dígitos utilizando insumo da Ubyfol

Para cultivadores de cana-de-açúcar a alta produtividade é o precedente da boa rentabilidade. Por isso, aqueles que investem no campo, apostam em tecnologias que pavimentem o caminho até a marca dos três dígitos de produtividade. Este é o caso de Claudinei Antonio Schiavon, de 65 anos. Radicado em Santa Cruz das Palmeiras, o agricultor paulista compõe a terceira geração de cultivadores de cana. “Meus avós produziam cana em Pirassununga e em 1953 compraram terras e passaram a plantar cana nesta região”, conta Schiavon.

Em um terreno cuja composição é de 25% de solo AB, 65% de solo C e 10% de solo D, o agricultor utiliza variedades CTC 4, CTC 2, CTC 9001, CTC 9002, CTC 20, RB 966928, RB 975242, RB 965902, IAC 5000 e IAC 955494. Juntamente com seu irmão e sócio produz 2.900 hectares de cana nos municípios de Santa Cruz das Palmeiras, Tambaú e Porto Ferreira, todos no interior paulista. A cana produzida é vendida e esmagada pelas Usinas Ferrari e Abengoa.

Associado da Cooperativa dos Plantadores de Cana de São Paulo (Coplacana) há 19 anos, Schiavon afirma que a experiência e o uso de novas tecnologias é o segredo para uma produtividade acima da média. É o que ele revela na entrevista concedida ao JornalCana. Confira:

Fale sobre o trabalho feito com complexo nutricional da Ubyfol.

Começamos a utilizar o molibdênio da Ubyfol na safra 2017/18. Sempre que fazemos uma mudança de manejo ou produto, nunca implementamos em 100% das áreas, mas aos poucos. Conforme os resultados que vamos obtendo. Mas já nesta última safra nossa média aumentou em cinco toneladas por hectare. A partir daí, passamos a utilizar os insumos em 100% de nosso plantio. Utilizamos também os produtos da linha foliar em nossos canaviais de cana soca, com a produtividade sempre aumentando. Com isso, esperamos nessa safra uma média de 105 toneladas por hectare.

Em relação ao uso do molibdênio. Quais são os resultados com a diminuição do nitrogênio?

Para iniciar a utilização, recebemos auxílio técnico do professor de agronomia da USP/Pirassununga, Pedro Henrique, que nos orientou a utilizar 1 kg de nitrogênio por tonelada de cana produzida, acrescido de 250 gramas de molibdênio (Potamol). Com isso reduzimos a aplicação foliar de 10 kg de nitrogênio, que nos gera uma boa economia e, assim, estamos colhendo resultados positivos.

Onde mais é utilizada tecnologia da Ubyfol?

Nessa busca de aumentar a produtividade percebemos que tínhamos uma produção de mudas de ótima qualidade e sem pragas. Por isso decidimos desenvolver um viveiro de MPB (Mudas Pré-brotadas) para plantio em meiose. Hoje, praticamente 80% de nossas áreas são de plantio em meiose, que aumenta a velocidade de troca de variedades menos produtivas, por variedades mais modernas e mais produtivas. Nesse viveiro, também utilizamos produtos da Ubyfol e comprovamos que melhora o enraizamento e dá mais vigor às mudas de MPB.

Utilizam em alguma outra cultura?

Sim. Como tínhamos uma folga, graças a produção sazonal de MPB, que é utilizada apenas em três meses do ano, ficávamos com uma ociosidade de mão de obra. Decidimos, então, aproveitar essa mão de obra e deslocá-las na produção de suculentas e estamos fazendo pequenos testes com produtos da Ubyfol. Ainda em pequena escala.

Quais são suas expectativas de mercado em relação ao setor para os próximos anos?

Estamos otimistas com o futuro do setor canavieiro. É uma cultura quase autossustentável, produz energia limpa, adoça nossa vida e com o Renovabio haverá um incremento forte no setor. Estamos esperançosos!

Penso que nosso maior desafio é conscientizar os consumidores de que o etanol não é só um combustível mais barato, mas que ajuda a reduzir a poluição. Além disso, gera bem-estar social, com geração de empregos.

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