Preços futuros apontam movimento altista para o final do ano

Os preços futuros do açúcar fecharam em alta, na sexta-feira (25 de junho), na bolsa de Nova York. Os contratos de julho encerraram o pregão a 7,28 centavos de dólar por libra-peso, com aumento de 7 pontos sobre quinta-feira. Os contratos de outubro encerraram o dia a 7,72 centavos, com aumento mais tímido, de apenas 1 ponto.

O aumento foi atribuído às compras das tradings e à cobertura de posições futuras, segundo analistas de mercado.

Os contratos com entrega em outubro têm como suporte as expectativas de uma oferta global mais apertada. Os analistas consideram que a demanda mundial poderá exceder a produção global.

A Índia é um dos principais fatores de sustentação. O país poderá importar açúcar no mercado internacional por conta de uma oferta frustrada de cana.

A Tailândia também poderá ter uma produção menor que a esperada, abaixo de 60 milhões de toneladas de cana em razão da seca nas lavouras.

No mercado físico, há boas perspectivas de demanda. O Iraque e a Líbia

pretendem comprar açúcar no curto prazo.

Os analistas também estão otimistas em relação ao processo aberto pelo

Brasil, Tailândia e Austrália, na Organização Mundial do Comércio (OMC). Os três países contestam a política de subsídios da União Européia.

Especialistas em comércio internacional acreditam que os países reclamantes podem sair vitoriosos neste processo.

No mercado doméstico, os preços do açúcar deram uma desacelerada. A saca de 50 quilos do produto fechou na sexta-feira a R$ 27,01, com recuo de 1% sobre a semana anterior.

Com a retomada do esmagamento de cana, as usinas de açúcar e álcool do

Centro-Sul do país começam a repor seus estoques.