Mercado

Oportunidades a todo vapor

Além de graduações e especializações diretamente voltadas ao mercado internacional – marketing, direito e comércio exterior -, a formação para a indústria de base também tem gerado excelente empregabilidade, principalmente para os setores de energia. “Vejo com grande potencial empregatício, no mercado, a área de geração de energia, como petróleo e gás, biocombustíveis e energias renováveis”, afirma o diretor da empresa recrutadora Catho, Israel Araújo.

Diante das necessidades do mercado e da procura de estudantes, universidades e faculdades do Ceará têm tido a preocupação em criar cursos de qualidade na área. O professor Almeida Júnior, coordenador geral de pós-graduações da Unifor, por exemplo, ficou surpreso com o interesse de uma headhunter (caça-talentos) da Dinamarca. Ela queria recrutar egressos da turma de especialização em Engenharia de Petróleo e Gás da universidade para as empresas petrolíferas da Europa.

“Fomos surpreendidos com a boa empregabilidade interna de cursos como esse, principalmente na Petrobras (multinacional brasileira). Dessa forma, a projeção de uma das maiores petrolíferas do mundo acabou atraindo os olhos do mercado para os profissionais dela e para onde eles são formados”, explica Almeida. Segundo ele, além dessa especialização, a Unifor também oferta MBA em refino, MBA em gestão de gás e petróleo e MBA em biocombustível. “Todos com a preocupação de fornecer ao aluno uma visão internacional”, ressalta.

Em breve, a Unifor também ofertará MBAs em gestão de energia, trabalhando o perfil das energias renováveis, como biomassas e energia das ondas. Seguindo o movimento, a Universidade Federal do Ceará (UFC) estreia, em 2010, novos cursos. No Centro de Tecnologia, são eles as graduações em Engenharia Ambiental, Engenharia em Energias Renováveis e Engenharia do Petróleo; e, no Centro de Ciências, bacharelado e doutorado em Biotecnologia.

Empregos Verdes

O diretor da Catho ressalta, no entanto, que não vê boas perspectivas no mercado internacional diante do cenário de crise financeira – a concorrência por vagas no exterior ficou ainda mais acirrada. Mas dentro do leque de geração de energia, o diretor aposta na demanda cada vez maior por profissionais dos chamados “empregos verdes”. “Os empregos verdes estão na área da tecnologia voltada o desenvolvimento sustentável e se colocam como uma forte tendência”, define.

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