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ONS assegura que há energia para o Nordeste até 2009

Se depender da capacidade instalada, da infra-esrutura de transmissão e do volume de água disponível para geração de energia elétrica nos reservatórios brasileiros, o Brasil, sobretudo, o Norte e o Nordeste, estarão livres de novos apagões — a exemplo dos registrados no Sudeste, em 2001 — até 2009. O apagão ou racionamento forçado de consumo, no entanto, poderá ocorrer de dentro para fora, à medida em que a população está desligando diversos equipamentos elétricos em casa — lâmpadas, geladeiras, frezzers, ferros de engomar — por falta de condições de pagamento das tarifas.

Apesar de garantir total tranqüilidade à população, quanto a possibilidade de ocorrer novos apagões, o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos, disse que o preço futuro da energia elétrica, que irá alimentar o mercado, as empresas, a casa do consumidor, nos próximos anos, ainda é uma incógnita.

“Energia elétrica é um bem essencial à vida humana, mas que terá sempre preço crescente, enquanto não se encontrar uma modicidade tarifária, que garanta a sustentabilidade econômica do fornecedor (investidor) e a capacidade de pagamento do consumidor”, adverte, Mário Santos. “Encontrar esse equilíbrio é o nosso maior desafio”, ressaltou Santos.

Para ele, a discussão da matriz energética brasileira transcende as questões tarifárias e esbarram em problemas sociais e de uso adequado dos próprios recursos naturais, como da água, do petróleo e até dos ventos.

RESERVAS – Participante do Power Future 2005 – Fórum e Exposição das Energias Alternativas no Brasil, que se realiza até amanhã, no Centro de Convenções Edson Queiroz, Mário Santos, informa que, o Nordeste apresenta hoje, 96% de energia elétrica acumulada em seus reservatórios, a exemplo da Barragem de Sobradinho, na Bahia.

O Nordeste está atrás apenas da Região Norte, que acumula 98% de reservas hídricas, com capacidade para gerar energia. O sudeste e o Centro-Oeste, detêm 87%, e o Sul, apenas 42% de energia acumulada. Conforme disse, 45% da energia elétrica consumida atualmente, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ou o equivamente a 3.700 Kwh (quilowatt/hora), por dia, provêem de hidrelétricas e termoelétricas do Norte e do Sudeste.

De acordo com ele, a situação do País hoje, em termos de capacidade energética, é muito mais confortável, do que em 2001.

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