Uma boa notícia para os interessados em investir no setor sucroalcooleiro, mas desanimavam apenas quando tinham conhecimento das inúmeras exigências e demora por parte dos órgãos federal e estadual de defesa ambiental: a burocracia e o grau de exigência nos processos de licenças ambientais para novas usinas estão diminuindo gradativamente. Quem garante é o Secretário do meio ambiente do Estado de São Paulo, José Goldemberg. Ao falar sobre o licenciamento ambiental para expansão da produção sucroalcooleira no Estado durante a conferência da Datagro, em 20 de setembro último, Goldemberg disse que hoje, empreendimentos que anunciam limite de processamento de no máximo 1,5 milhão de toneladas de cana possuem menos entraves burocráticos e são licenciados em média em 3 meses.
“Obtivemos uma queda expressiva no tempo das análises do processo”, anunciou. Portanto, em vez de projetar unidades para moer 2 milhões de toneladas, a sugestão de Goldemberg é que se projete fábricas com capacidade máxima de esmagamento de 1,5 milhão. (LM)
NÚMEROS ELOQÜENTES
Necessidade de moagem para suprir demanda em 2013/14 – 670 milhões de toneladas de cana
Demanda por álcool no mercado interno em 2010/11 – 22,1 bilhões de litros
Demanda de exportação de álcool em 2010/11 – 5,2 bilhões de litros
Demanda por açúcar no mercado interno em 2010/11 – 11 milhões de toneladas
Demanda por açúcar no mercado externo – em 2010/11 – 24 milhões de toneladas.
Necessidade de novas unidades até 2013/14 – 80, com capacidade individual de moer milhões de toneladas
Custo de implantação de cada unidade – US$ 140 milhões
Total do investimento nas 80 unidades – US$ 11,2 bilhões
Terras necessárias para plantio – 2,4 milhões de hectares (LM)