Mercado

Grandes grupos confirmam forte aporte em álcool

Dois grandes grupos confirmaram ontem que farão pesados aportes no mercado brasileiro de álcool, confirme antecipou o Valor. O ex-presidente da Petrobras Henri Phillipe Reichstul , está à frente de um fundo de investimentos em álcool, que deverá investir cerca de US$ 2 bilhões na produção de álcool no país de olho no mercado externo. O lançamento oficial desse empreendimento deverá ser feito hoje.

O fundo, denominado Brenco (Brazil Renewable Energy Company), tem como investidores, além de Reichstul, o americano de origem indiana Vinod Khosla, um dos fundadores da Sun Microsystems e sócio da firma de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers, James Wolfenson, ex-presidente do Banco Mundial, e o ex-diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn.

O Valor apurou que os recursos levantados pelo fundo serão empregados em usinas de álcool na região Centro-Oeste do país. O executivo Rogério Manso, ex-diretor da área de abastecimento, refino e comercialização da Petrobras, foi contratado para trabalhar na Brenco.

Também de olho no potencial do mercado de álcool, com uma demanda aquecida nos mercados interno e externo, a Cia. Energética Santa Elisa, de Sertãozinho (SP), associou-se a fundos de investimentos para expandir seus negócios. O anúncio oficial foi ontem. A empresa criou a Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA), uma joint venture entre a Santa Elisa e a Global Foods Holding. A operação, coordenada pelo ING Bank, foi fechada com um consórcio liderado pelo fundo Carlyle/Riverstone Renewable Energy. A nova empresa já levantou cerca de US$ 240 milhões em uma operação de private equity.

O objetivo da CNAA é construir, neste primeiro momento, quatro novas usinas. Três dos quatro projetos já foram definidos: duas plantas serão construídas em Minas Gerais, nas cidades de Campina Verde e Ituiutaba, além de uma planta em Goiás. Os investimentos em novos projetos de usinas podem somar R$ 2 bilhões, conforme informou Anselmo Rodrigues ao Valor em entrevista na terça-feira. Parte desses projetos será financiada pelo BNDES e BDMG.

Paralelamente a esse projeto, a Cia Energética Santa Elisa e a Vale do Rosário, de Morro Agudo (SP), negociam a fusão das duas companhias, junto com as usinas Jardest e MB e Continental.

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