Mercado

Camex analisa reduzir alíquota de importação de etanol, afirma Unica

O presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank, disse esta tarde que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) analisará, no dia 8 de fevereiro, a possibilidade de zerar a alíquota de importação do etanol americano, hoje em 20%. A medida foi solicitada no final do ano passado pela própria Unica como forma de facilitar as negociações para que os americanos derrubem suas barreiras contra o etanol brasileiro.

Nos últimos dias, porém, a possibilidade ganhou outros contornos: o de aumento da oferta de etanol no mercado brasileiro para minimizar a alta dos preços da atual entressafra. Jank, entretanto, argumenta que o impacto de uma eventual importação de álcool anidro dos Estados Unidos seria pequeno no mercado brasileiro.

“Se reduzir a alíquota, qualquer importação só chegaria ao Brasil em dois meses, já durante a safra (brasileira)”, disse Jan! k, que se reuniu hoje com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para tratar de eventuais medidas para o setor.

Jank revelou que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, já sinalizou para os empresários com a possibilidade de o BNDES estudar o financiamento dos estoques de etanol. Essa é uma reivindicação antiga do setor, que vê na estocagem uma solução para a volatilidade dos preços na entressafra, que ocorre, praticamente em todo o começo de ano.

O presidente da Unica afirmou que, neste caso, o impacto foi maximizado por dois fatores: há dois anos os preços vinham em baixa e, para completar, no segundo semestre do ano passado, o excesso de chuvas atrasou a colheita. “Toda commodity agrícola está sujeita ao clima”, sustentou. Para Jank, mesmo que venha ocorrer importação de etanol americano, “é bobagem dizer que o Brasil vai se tornar importador líquido”.

Segundo ele, em 2009, o Brasil exportou 3 bilhões de litros de etanol. “E se vier a importar a! gora, será o equivalente a 10% desse volume”, disse.

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