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Alimento e álcool pressionam índice em São Paulo

O comportamento dos preços mudou de rota em São Paulo. Após deflação de 0,03% em fevereiro, os paulistanos tiveram inflação de 0,16% nos últimos 30 dias até 7 deste mês. Os dados são do IPC da Fipe.

Apesar do retorno da inflação no início deste mês, o cenário é tranqüilo, diz o economista Juarez Rizzieri, da Fipe. As maiores pressões vêm do setor agrícola, que mostra alta de preços devido à entressafra de alguns produtos, como leite, açúcar e até o álcool.

O retorno da inflação em São Paulo se deve a três itens: alimentos, combustíveis e remédios. A maior pressão ficou por conta de alimentação, que, após declínio de 0,22% em fevereiro, aumentou 0,21% na pesquisa mais recente da Fipe.

Três produtos do setor lideram a lista de altas entre os 520 itens pesquisados pela Fipe: feijão, leite e açúcar. A alta do feijão foi de 10,2% nos últimos 30 dias e se deve às dificuldades na colheita do produto devido às recentes chuvas, diz Rizzieri.

Já o leite longa vida subiu 4,5% e o açúcar, 12%. A alta desses dois últimos se deve ao período de entressafra.

A entressafra da cana-de-açúcar provocou alta também nos preços do álcool, que subiram 4,7% nos postos de São Paulo. Essa alta, somada à recente redução da mistura desse combustível à gasolina, provocou elevação média de 0,7% no derivado de petróleo.

Outro item de peso na inflação são os remédios. Com o reajuste de preços no próximo mês, definido ontem, as farmácias já começam a reduzir as promoções. O preço dos remédios, que estava em queda, subiu 0,84% nos últimos 30 dias. (MZ)

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