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Senador quer discutir endividamento rural no Congresso

O senador Roberto Cavalcanti pretende realizar uma audiência pública para colocar em debate o problema do endividamento rural. O político pretende levar ao Congresso Nacional, no início de dezembro, não só agricultores e produtores rurais, mas o próprio presidente do BNB, Roberto Smith, para explicar o motivo das taxas que inviabilizam o pagamento de dívidas.

Para o dirigente da Asplan/PB, Raimundo Nonato, é importante que a opinião pública, a classe política e o setor discutam as medidas que as instituições bancárias em relação às dívidas dos pequenos produtores rurais, que já estão vendo seus bens serem executados por conta das altas taxas de juros, que inviabilizam o pagamento dos débitos. Embora o senador proponha uma audiência pública para debater, especificamente, o problema dos produtores junto ao BNB, que apenas na Paraíba já deixou mais 30 mil famílias negativadas, essa iniciativa, segundo Nonato, é digna de elogios e abre espaço para outros debates sobre o assunto.

“Pretendemos estar no Congresso na data marcada para acompanhar tudo de perto e conclamamos os produtores a fazer o mesmo e apoiar essa iniciativa do senador Roberto Cavalcanti que tem nos surpreendido com uma atuação dinâmica e produtiva, apesar do pouco tempo de mandato, colocando e defendendo questões relevantes em nível nacional”, diz o dirigente da Asplan.

Além do presidente do BNB, a audiência pública sobre endividamento rural contará ainda com a participação do diretor da Federação das Indústrias da Bahia, Adalberto Coelho, o Superintendente do BNB na Paraíba, Francisco Carlos Cavalcanti e o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Reinaldo Sampaio.

“É preciso reavaliar as dívidas rurais de milhares de produtores em todo o país. O governo não pode deixar que o setor primário, que é a mola propulsora da economia, fique deficitário e a mercê de juros exorbitantes e dívidas impagáveis. Se nada for feito, os produtores que agora devem ao BNB e a outras instituições bancárias podem parar de produzir”, afirma o presidente da Asplan, referindo-se aos produtores de diversas culturas, incluindo a cana-de-açúcar, em todo o país.

Segundo Nonato, esse será um passo importante para compreender a situação. “A intenção do senador é avaliar como vem sendo cobrada essa dívida e o que está acontecendo para o banco cobrar juros e outras taxas tão altas, a ponto do pequeno produtor contrair um empréstimo e no final ter uma conta impagável porque tem que pagar dez, vinte vezes o valor inicial”, explica o dirigente.

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