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Seca faz moagem de cana no Nordeste cair 12%, prevê INTL FCStone

53,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar é quanto deverá ser a moagem da safra 2015/16 na região Nordeste do País, segundo a consultoria INTL FCStone.

O volume de cana consta de revisão de estimativa da consultoria e representa uma quebra de 12% em relação a safra anterior.

cta-logo39 Conforme a INTL FCStone, a seca é o principal fator preocupante para a produtividade agrícola nordestina. Com o avanço da safra nos principais estados produtores, tornou-se mais claro que os impactos das baixas precipitações seriam sentidos sobre a moagem e a concentração de açúcares.

“Ao contrário de Alagoas e Paraíba, onde os efeitos da seca já estão mais claros, ainda restam dúvidas quanto à magnitude do impacto sobre os canaviais pernambucanos”, pondera o analista de açúcar e etanol da INTL FCStone, João Paulo Botelho.

Menor

Em relatório, a consultoria ressalta que o volume de cana pode ser ainda menor, principalmente se a seca tiver efeitos piores do que o considerado em Pernambuco.

Em relação à produção de açúcar, a expectativa é que as usinas da região produzam 3,1 milhões de toneladas, queda de 13,6% em relação ao ciclo anterior. O mix produtivo foi mantido, com as usinas da região aumentando ligeiramente o foco no etanol em relação à última temporada, devido tanto ao aumento do preço do biocombustível como à redução na demanda interna por açúcar devido à recessão vivida pelo país.

Centro-Sul

Se por um lado a falta de chuvas ameaça a safra nordestina, no Centro-Sul as precipitações podem diminuir as perspectivas de moagem total.

Nesta última localidade, a INTL FCStone manteve estável sua projeção de moagem, em 592,2 milhões de toneladas, número que pode ser maior caso o clima seja mais seco do que é esperado e, alternativamente, menor caso menos usinas consigam estender a safra até janeiro.

Quanto ao mix produtivo, a projeção aponta incremento para o hidratado, que deve alcançar 16,7 bilhões de litros, 8,4% acima do registrado na safra passada. Já o anidro ficaria em 10,1 bilhões de litros, queda de 6,3% em relação ao ciclo anterior.

A mudança se deve à maior preferência das usinas do Centro-Sul pelo hidratado, variedade cuja demanda ficou ainda mais aquecida com o aumento do preço da gasolina pela Petrobras.

“A situação financeira crítica de muitas usinas também contribuiu neste sentido, aumentando a preferência pela variedade que oferece pagamento mais rápido”, lembra Botelho.  Além disso, o aumento dos juros do crédito para armazenamento de etanol pelo BNDES diminuiu os incentivos para a estocagem de anidro, mesmo com a perspectiva de oferta apertada do aditivo na entressafra.

 

 

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