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Safra paulista vai crescer 7,88% este ano

O Estado de São Paulo deverá produzir 7,88% a mais de grãos na safra 2002/03 e atingir 6,942 milhões de toneladas, um recorde na última década. O anúncio foi feito ontem pelo secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Antônio Duarte Nogueira Júnior, durante abertura da segunda edição da Agrosala, em Nova Granada. A área ocupada por milho, trigo, algodão, arroz e soja passou de 2,063 milhões de hectares na safra anterior para 2,118 milhões de hectares na atual, uma expansão de 2,6%. “Na safra de 1989/90, tínhamos por volta de 2,80 milhões hectares ocupados por lavouras. No ano passado, eram 2,06 milhões, uma redução de quase 800 mil hectares. Neste ano, voltamos a crescer. Quero estabelecer um desafio ao setor produtivo para tentar atingir novamente 2,8 milhões de hectares ao longo dos próximos três anos”, diz Duarte Nogueira.

O desempenho positivo desta safra é atribuído ao produtor que, na opinião de Duarte Nogueira, estaria usando novas tecnologias e conseguindo maior produtividade. Mesmo com todos os 19,5 milhões de hectares do Estado de São Paulo ocupados por lavouras, áreas de reservas e preservação, a intenção do governo é verticalizar a produção. “Além dos grãos, do produto primário, teremos o farelo e o óleo de soja, que acabam sendo subprodutos para alimentação de frangos e suínos. Precisamos de produtos que gerem excedentes exportáveis. É preciso agregar valor na produção, gerar mais empregos, industrializar, como acontece no complexo carne, soja e couro”, afirma. O Estado vai se destacar também no setor de carne. “Apesar do rebanho paulista ser o sétimo no País, neste ano, seremos responsáveis por 71% de todas as exportações de carne do Brasil”, revela.

O secretário falou que a agricultura paulista está passando por um processo de rearrumação de culturas. Áreas de pastagem estão sendo substituídas por plantio de grãos e de cana-de-açúcar. “O crescimento da cana vai permitir o rompimento da barreira dos 3 milhões de hectares. Iremos atingir 3,2 milhões de hectares, a cultura com maior ocupação de área plantada em nosso Estado, seguida pela laranja”, diz. A cana e a soja irão sofrer a expansão de 5% a 6%, com destaque para a região de Presidente Prudente, onde a soja deve crescer 40% a 50% em cima das pastagens. Para a laranja, o cenário esperado é diferente, com a diminuição de 800 mil caixas colhidas neste ano, estimada em 2.335 milhões de caixas da fruta. “O clima não favoreceu. Ocorreu o aumento da temperatura em dezembro passado, que comprometeu a florada”, diz. A abertura da Agrosala contou também com a participação de cerca de 2 mil pessoas, entre prefeitos, deputados, empresários, produtores e técnicos. “A Agrosala é uma festa para o produtor”, afirma o organizador, Setímio de Oliveira Sala. Instalada às margens da rodovia Transbrasiliana (BR-153), em Nova Granada, a feira termina no próximo domingo. Visitações das 9 às 18 horas.

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