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Safra de cana é revista, mas recorde permanece

Nem bem começou a moagem da safra 2002/03, analistas do mercado de açúcar e álcool estão refazendo suas projeções para a temporada, devido à estiagem que afeta parte da região Centro-Sul. A perspectiva de uma produção menor que a esperada inicialmente já justificou várias altas na bolsa de futuros de Nova York, mas as estimativas do mercado para a produção do Centro-Sul estão longe de um consenso.

A Datagro, uma das principais referências do setor, reduziu suas projeções para a safra da região de 287 milhões de toneladas para 270 milhões – uma queda de 6%, por conta da falta de chuvas em março e abril. A consultoria ampliou a estimativa de rendimento de 141 quilos de açúcar redutor total (ART) por tonelada para 143 quilos. Mas, no cômputo final, a oferta de ART ainda é inferior à prevista anteriormente – passou de 40,5 milhões de toneladas para 38,7 milhões.

A queda na oferta de matéria-prima fez com que a Datagro cortasse em 800 mil toneladas sua projeção para a produção de açúcar, que ficou em 17,8 milhões de toneladas. As exportações do produto foram reduzidas de 11,1 milhões de toneladas para 10,3 milhões. Já a produção de álcool está prevista em 11,04 milhões de litros, 550 mil litros menos que na previsão anterior.

Também o Instituto de Desenvolvimento Agroindustrial (Idea), de Ribeirão Preto, está revisando as contas. Por enquanto mantém sua estimativa de 272,9 milhões de toneladas. Mas já afirmou que deve lançar nova projeção – com números mais modestos – no início de junho. Ribeirão Preto é uma das regiões mais afetadas pela estiagem. As precipitações na fazenda Santa Elisa, em Sertãozinho, tanto em abril quanto em maio (até dia 12) totalizaram 6 milímetros, muito abaixo das médias históricas de 68,4 para abril e 49,8 para maio. (Valor Econômico)

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