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Safra de cana 2016/17 sobe apenas 1%, diz Associação das Indústrias

Safra da cana de açúcar 2016/17 em Minas Gerais deverá ter crescimento de apenas 1% com relação ao ano anterior. A Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) divulgou recentemente a previsão que deverá ser de 65,5 milhões de toneladas, praticamente semelhante à safra 2015/16 que foi de 65,039 milhões.

Segundo o presidente da associação, Mário Campos, a safra 2015/16 foi a maior da história no Estado, e para a safra 2016/17 o setor trabalha com a mesma área de moagem e com a produtividade agrícola ligeiramente superior. “Nossa expectativa é de que não haja um grande crescimento na safra, mas, a qualidade deverá ser bem superior, nos permitindo fazer mais produto com a mesma moagem”, explica.

Mario destaca que será possível produzir a mesma quantidade de etanol – na safra anterior foram 3 bilhões de litros – e haverá um crescimento significativo na produção de açúcar, em torno de 7%, sendo 3,5 milhões de toneladas. “O crescimento do açúcar será por conta da competitividade para a exportação.

E a produção do etanol vai permanecer neste patamar, em função da crise econômica brasileira”, diz. Diante desta situação, Mário destaca que seria preciso elevar a área plantada de 80 toneladas por hectare, para 100 toneladas por hectare, já na indústria seria preciso utilizar outras fontes para produção de etanol, por exemplo, o combustível de segunda geração, utilizando o bagaço ou palha da cana. “Para isso, precisamos de investimento, pesquisa e desenvolvimento. E o poder público precisa estar presente, junto com a inciativa privada”, diz.

Preço do álcool ainda pode abaixar mais nas bombas de combustíveis

O presidente da Siamig, Mário Campos, revela que já começa a perceber redução do preço do combustível em alguns estabelecimentos. Recentemente a entidade divulgou posicionamento questionando os motivos pelos quais os preços não sofreram alteração nos postos de combustíveis, mesmo com queda nos valores nas usinas.

“Em função de dificuldades financeiras do setor antecipamos a safra e houve uma oferta grande, por parte dos produtores, e desta forma o preço desabou, até R$0,60 por litro, saindo de R$1,90 para algo em torno de R$1,30, sem impostos e sem frete. Esperávamos que isso fosse repassado ao consumidor e isso não aconteceu.

Porém, nas últimas semanas, em alguns locais, inclusive Uberaba, percebemos uma relação de preço etanol/gasolina inferior a 70%, o que reflete no consumo. E com os valores hoje praticados nas usinas o preço final tem total condição de estar abaixo de 70% com toda cadeia sendo remunerada”, explica.

Fonte: (JM Online)

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