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Rio Claro ganha instituto de pesquisa em bioenergia

unesprc1O Instituto de Pesquisa em Bioenergia (IPBEN) foi inaugurado na quinta-feira (04/12), em Rio Claro (SP), com a missão de coordenar e impulsionar as pesquisas em bioenergia realizadas nos diversos campi da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O novo órgão será formado por um laboratório central, instalado em Rio Claro, e outros sete laboratórios associados nas cidades de Jaboticabal, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Botucatu, Assis, Araraquara e São José do Rio Preto. Ao todo, foram investidos R$ 9,6 milhões na construção dos laboratórios do IPBEN pelo Governo do Estado, sendo R$ 2,7 milhões apenas na sede de Rio Claro.

“Há quase 100 pesquisadores trabalhando na área de bioenergia na Unesp e a ideia é que essas pessoas passem a integrar o instituto. Também estão sendo contratados cerca de 12 novos pesquisadores, além de pessoal administrativo. No laboratório central, serão feitas pesquisas que não são contempladas nas demais unidades”, disse Nelson Ramos Stradiotto, docente do Instituto de Química da Unesp de Araraquara e coordenador executivo do IPBEN.

O novo instituto desenvolverá pesquisas nas mesmas áreas contempladas pelo programa BIOEN-Fapesp: Biomassa para Bioenergia; Produção de Bicombustíveis; Utilização de Bicombustível em Motores; Biorrefinaria, Alcoolquímica e Oleoquímica, e Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental. O órgão integra o Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia, que reúne cientistas das três universidades estaduais de São Paulo: Unesp, Usp e Unicamp.

Até o momento, foi inaugurada apenas a sede do laboratório central em Rio Claro. Nos próximos meses devem ser inaugurados laboratórios associados de Jaboticabal, Assis, Guaratinguetá e Araraquara. Já em Botucatu, Ilha Solteira e São José do Rio Preto as sedes ainda estão em fase de licitação.

O coordenador do Programa Integrado de Doutorado em Bioenergia e professor da USP, Carlos Alberto Labate, afirmou que a bioenergia é, sem dúvida, um olhar além do horizonte. “O Brasil é o país dos renováveis e temos capacidade e condições de ser líderes no setor de bioenergia. Esta iniciativa da Unesp é a visão do futuro”, avaliou.

O presidente da Sociedade de Bioenergia do Brasil e professor da Unicamp, Luís Augusto Barbosa Cortez, disse que a inauguração do IPBEN faz parte de um movimento orquestrado de promover ciência na área de bioenergia, com a participação fundamental da FAPESP. “A FAPESP criou o BIOEN em 2008, que é a base para o Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia. Este ano tivemos o segundo BBEST – Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference em Campos do Jordão, que é uma oportunidade para nossos pesquisadores mostrarem seu trabalho para o mundo na área de bioenergia”, disse Cortez.

Perspectivas do etanol no país

Segundo Cortez, o modelo brasileiro que integra a produção de açúcar e álcool vive um momento de crise, e torna-se necessário buscar alternativas. “Não acho que temos de deixar de produzir açúcar. Mas não é com açúcar que vamos aumentar significativamente a produção de etanol no Brasil. Temos de reinventar a agricultura para bioenergia, pois nosso modelo é voltado para a produção de alimentos. E adotar novos processos e novos produtos finais”, opinou Cortez à Agência Fapesp.

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