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Ribeirão Preto/SP: O etanol mais barato do País

Os preços do etanol praticados nos postos de combustíveis em Ribeirão Preto estão entre os menores do Estado da São Paulo e de todo o País, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O levantamento da agência mostra que o menor índice de comercialização do combustível no Estado durante a semana passada, de R$ 1,29, foi registrado na cidade. Em média, o etanol é vendido por R$ 1,56 em São Paulo e R$ 1,71 no País. Em Ribeirão, a média de preços é de R$ 1,37.

De acordo com Oswaldo Manaia, diretor regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), o baixo valor do combustível em Ribeirão é resultado da concorrência entre os estabelecimentos, principalmente os representantes de grandes distribuidoras. “É uma disputa absurda, desleal e predatória. Se um posto grande vende o álcool a R$ 1,34, próximo a um posto menor, é impossível competir. Então, a tendência é que haja uma redução geral”, afirmou.

Mas os preços que chegam ao consumidor da cidade não são suficientes para gerar uma margem de lucro satisfatória aos donos de postos. “A maioria dos estabelecimentos já compra o etanol por aproximadamente R$ 0,98 nas usinas. Isso sem os impostos. É muito complicado manter essa competição com um margem tão pequena, por isso pode ocorrer uma alta repentina”, disse Manaia.

De acordo com o economista Marcelo Bosi Rodrigues, do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão, a concorrência na cidade é causada pela grande quantidade de postos e a forte demanda local pelo combustível. “O consumo é alto e existem muitas opções para o consumidor escolher, o que gera essa movimentação forte de preços.”

O controlador de produção André Luiz Galvani, 32 anos, aproveitou a viagem do feriado para encher o tanque em Ribeirão. “Moro em Botucatu e lá o etanol é vendido por R$ 1,79. Como aqui está mais em conta, emchi o tanque”, disse.

Preço nas usinas segue rota inversa

Os preços baixos praticados pelos postos de Ribeirão podem se reverter nos próximos dias por conta da pressão de altas consecutivas nas usinas, segundo o sindicato que representa donos de postos. “Nas unidades produtoras existe um movimento contrário ao mercado”, disse Oswaldo Manaia, diretor regional da entidade. De acordo com o levantamento semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o etanol acumula a nona semana consecutiva de recuperação de preços nas usinas da região, pela alta demanda.

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