Agricultura

Rendimento médio dos canaviais recua 1,9%, cai para 80,72 toneladas por hectare. E vai piorar

Foto: Arquivo/JornalCana
Foto: Arquivo/JornalCana

O rendimento médio dos canaviais da região Centro-Sul do País recuou 1,9% entre o início da safra 2018/19, em 1º de abril, até a primeira quinzena de agosto. Com a queda, comparada em relação a igual período da temporada anterior, as unidades trabalharam com média de 80,72 toneladas de cana por hectare.

O mês de julho foi pior: retração de 5,7% e resultado de 78,04 toneladas por hectare.

As informações são da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), para quem a redução da produtividade da atual safra de cana (2018/19) do Centro-Sul do país deverá se aprofundar conforme a colheita avançar em áreas com plantações mais velhas.

“A quebra agrícola registrada na [primeira] quinzena [de agosto] retrata o início de uma tendência esperada para os próximos meses. A expectativa dos técnicos das empresas é que o rendimento por hectare das lavouras que serão colhidas até o fim da safra será bastante reduzido e em algumas áreas a quebra poderá superar 20%”, afirmou Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica.

Diante a situação, a expectativa é de que até o fim de agosto a redução acumulada da moagem poderá alcançar 16 milhões de toneladas.

Até a primeira quinzena de agosto, o volume acumulado de moagem ainda superou o de igual período de 2017/18 – foram 348,5 milhões de toneladas, um aumento de 1,4%.

“Nos próximos meses, deverá ocorrer a ampliação da participação da cana de cortes mais velhos na moagem, intensificando a tendência de retração da produtividade agrícola, já notada nos dados preliminares da 1ª quinzena de agosto”, indicou a Unica, em nota.

O ritmo acelerado da colheita observado até o momento também pode reduzir o ímpeto dos trabalhos em campo nas áreas restantes. Para Padua, é possível que haja um desestímulo à colheita em áreas com cana que foi processada entre dezembro de 2017 e março de 2018.

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