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Região de Ribeirão Preto tem 5% das liberações do BNDES em SP

Ribeirão Preto – SP – e região concentram mais de 5% do total de financiamentos feitos neste ano, em todo o estado de São Paulo, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Dos R$ 13 bilhões contratados entre janeiro a outubro, R$ 62 milhões ficaram na região. “Os empréstimos representam aumento na geração de empregos já que são voltados para a implantação de projetos em empresas”, disse agora há pouco, em Ribeirão Preto, o presidente da instituição, Eleazar de Carvalho.

Carvalho e a diretoria do BNDES participam na cidade de cerimônia promovida por entidades e empresários de Ribeirão Preto e região em homenagem aos 50 anos da instituição. “Trata-se de uma mais do que justa comemoração”, comenta o empresário Maurílio Biagi Filho, presidente da Companhia Energética Santa Elisa – Cese, de Sertãozinho. A extinta Zanini Equipamentos Pesados, do vizinho município e então dirigida pela família Biagi, foi a primeira da região a obter financiamento junto ao Banco.

Para Carvalho, a mudança de nomes nos quadros de primeiro escalão do BNDES – que deverá ser providenciada com a entrada do novo governo – não deverá alterar o cronograma dos projetos de pedidos de empréstimos em tramitação. “O Banco opera há 50 anos e libera os recursos conforme as fases de implantação dos projetos e, assim, não acreditamos que haja qualquer tipo de interrupção”, observou. “Além do mais, muitos dos financiamentos ampliam o mercado de trabalho e resultam em aumento das exportações, em favor da economia do País”.

Segundo o presidente do BNDES, estão em fase de liberação de recursos dois projetos para produção de energia elétrica (cogeração) em duas fábricas de açúcar e de álcool da região, que totalizam R$ 67 milhões e acrescentarão 48,3 megawatts (MW) à capacidade nominal instalada. “Os nomes das empresas não podem ainda ser divulgados”, disse Mariza Gianini, diretora da área de energia do Banco. Conforme apurado, as companhias ficam nos municípios de Ipaussu e em Patrocínio Paulista.

A Cese, de Sertãozinho, tem contrato de empréstimo já confirmado no valor de R$ 36,9 milhões e que, somados a outros R$ 7,1 milhões de aporte da própria empresa, ampliarão a cogeração para 58 MW. A Santa Adélia, fábrica localizada em Jaboticabal, contratou R$ 28 milhões com o BNDES para obter 34 MW e linhões de transmissão de energia. O projeto total é de R$ 35,3 milhões. Já a Usina Mandú, de Guaíra, tem empréstimo já liberado no valor de R$ 20 milhões. A companhia empregará outros R$ 4,8 milhões para chegar a 14,7 MW.

Fora da área energética, o BNDES liberou R$ 3,9 milhões para programa de modernização tributária da Prefeitura de Ribeirão Preto. No total, o contrato prevê R$ 9 milhões e o projeto prevê ações para melhorar a performance de arrecadação de tributos a partir de recadastramento de contribuintes, treinamento pessoal e investimentos em infra-estrutura.

A Associação de Ensino de Ribeirão Preto – Unaerp – também teve empréstimo aprovado pelo Banco, conforme seus diretores. São R$ 7 milhões que, por meio de convênio com o Ministério da Educação, estão direcionados para a construção de centro comunitário e ampliação de clínica odontológica.

O Consórcio Ambient, controlado pela espanhola OHL e responsável pelas duas estações de tratamento de esgoto de Ribeirão Preto, recebeu R$ 35,4 milhões do BNDES em um projeto total orçado em R$ 70,8 milhões. A instituição fez o repasse direta e também indiretamente, por meio dos bancos Alfa e Unibanco.

Os R$ 62 milhões liberados este ano para a região de Ribeirão Preto resultam de 149 operações diretas e através dos agentes financeiros ligados ao BNDES. As micros, pequenas e médias empresas somam 30% do montante das operações. Em 2001, o montante liberado foi de R$ 22,4 milhões em 130 operações.

Segundo Carvalho, o ano de 2002 é recorde nacional em liberações feitas em todo o território nacional. Elas somam R$ 32 bilhões, ante R$ 25,6 bilhões em 2001. “É bom lembrar que nesse ano trabalhamos também com aporte de R$ 5,8 bilhões do Tesouro Nacional específicos para o programa de energia”, lembrou. A previsão inicial da instituição era liberar R$ 28 bilhões ao longo do ano.

O perfil dos tomadores de empréstimos não foi alterado. Conforme o presidente do Banco, 48% continuam sendo direcionados para a indústria. Entre 38 a 40% do orçamento da instituição se volta para projetos de exportação. Na região de Ribeirão Preto, foram 40 operações visando o mercado internacional em um total de R$ 5,1 milhões.

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