JornalCana

Projeto de Pólo Canavieiro começa a ganhar força no Sertão

O Projeto do Pólo Canavieiro do Sertão, defendido por entidades do setor sucroalcooleiro como uma das principais fronteiras agrícolas do Nordeste começa a ganhar corpo a partir da realização do VIII Mercovale, encontro de negócios que envolve as regiões dos vales do São Francisco e Parnaíba, que está sendo realizado no município pernambucano de Petrolina. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, “a tendência de implantação é irreversível. É preciso, porém, que o Governo Federal construa o Canal do Sertão. Neste sentido o overno federal vem sinalizando um grande interesse pelo projeto”, diz. O projeto envolve recursos totais avaliados em cerca de R$ 150 milhões, entre investimentos federais e privados, e caso implantado irá beneficiar mais de 200 mil hectares na região do Semi-Árido nordestino.

Para Cunha, os contatos políticos acerca do projeto foram iniciados ontem, na abertura do evento, junto ao Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, que também esteve presente. De acordo com as entidades do setor sucroalcooleiro, o potencial de produção já no primeiro ano de atividades, apenas na região do município baiano de Casa Nova onde seria implantada a primeira etapa do projeto do Pólo Canavieiro.

O projeto tem como exemplo a indústria sucroalcooleira Agrovale, implantada no município baiano de Juazeiro, a cerca de 50 quilômetros de Salvador (BA). Pertencente à holding alagoana Control Administração e Participação Ltda. E à pernambucana Mecanal, a empresa possui mais de 14,5 mil hectares de cana em pleno semi-árido. A produtividade média registrada pela empresa, no final do ano passado, era de 103 toneladas por hectare. Em algumas áreas isoladas este vlume chega a 210 toneladas por hectare. No Centro-Sul do País o volume médio, segundo dados históricos do setor sucroalcooleiro, a produtividade média por hectare é de 85 toneladas.

O alto custo de implantação de um hectare na região do Sertão, avaliado entre R$ 6 mil e R$ 7 mil, é compensado por dois fatores: a alta produtividade e a maior longevidade da planta, que chega a até sete cortes contra apenas cinco nas zonas litorâneas. A Agrovale emprega cerca de 3,5 mil pessoas. O potencial de empregabilidade é um outro forte apelo do setor canavieiro. A perspectiva é que com o projeto do Pólo Canaveiro do Sertão efetivamente implantado sejam gerados cerca de 150 mil empregos em todas as áreas contempladas.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram