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Produtor americano quer deixar açúcar fora da Alca

O presidente da Aliança Americana do Açúcar (ASA) pediu ao governo Bush e ao Congresso a exclusão do produto da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e até do acordo sub-regional que Washington está negociando com a América Central.

Jack Roney, diretor da ASA, afirmou em depoimento ao Senado, na terça-feira, que a associação “apóia o objetivo de um comércio global verdadeiramente livre, mas insistimos que a única maneira de alcançar esse objetivo é por meio da Organização Mundial de Comércio”. Segundo Roney, incluir o açúcar na Alca ou em um acordo entre EUA e América Central “seria um desastre para todos os produtores do Hemisfério Ocidental, com exceção dos subsidiados produtores do Brasil”.

Retomando o tema da “ameaça” que a agricultura brasileira representa para os EUA – novo refrão dos produtores americanos em defesa das proteções e apoio oficiais já a seu dispor -, o diretor da ASA afirmou que, “de longe, o Brasil é o maior perigo”.

Segundo ele, “impulsionado por décadas de subsídios ao etanol, subsídios diretos aos produtores de açúcar em algumas áreas, baixos padrões trabalhistas e ambientais e desvalorizações estratégicas da moeda, o Brasil aumentou suas exportações anuais de açúcar, de menos de 2 milhões de toneladas há uma década, para 14 milhões de toneladas previstas para este ano”.

O diretor da ASA apontou para as medidas restritivas tomadas pelo México para evitar uma inundação de açúcar e frutose de milho americanos em seu mercado, para sublinhar o argumento de que acordos regionais não são o veículo apropriado para liberalizar o comércio do produto. O açúcar e a frutose foram incluídos do Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) entre EUA, México e Canadá.

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