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Produção industrial de bioprodutos foi debatida em evento sobre biotecnologia

Na tarde desta sexta-feira (13), a última etapa do IV Seminário sobre Rotas Tecnológicas da Biotecnologia discutiu as aplicações industriais e comerciais dos bioprodutos, obtidos a partir de processos de pesquisa em universidades

ABS Produções / RP Comunicação

Na tarde desta sexta-feira (13), a última etapa do IV Seminário sobre Rotas Tecnológicas da Biotecnologia discutiu as aplicações industriais e comerciais dos bioprodutos, obtidos a partir de processos de pesquisa em universidades, seguindo para o mercado por meio de análises de potenciais de produção em larga escala.

Segundo o Dr. Pedro Oliva Neto, Unesp Campus Assis, “os benefícios da integração entre universidades e empresas são o surgimento do registro de mais patentes, geração de emprego e renda e o desenvolvimento social”.

Para se conhecer aplicações práticas das pesquisas em biotecnologia, foram convidados representantes da PHB Industr! ial (Usina da Pedra), que estuda a produção de polímeros biodegradáveis a partir da cana de açúcar. Um desses representantes, Dr. Roberto Nonato, disse que as pesquisas desse produto começaram no início na década de 1990. Considerado fonte renovável, o processo de extração dos produtos e subprodutos da cana de açúcar apresenta vantagens em relação ao plástico produzido a partir de derivados do petróleo. “Estamos lidando com uma tecnologia limpa de fonte renovável”, explicou Nonato.

Na sequência, o Dr. Eduardo Brondi, da mesma empresa explicou os processos para produção do biopolímero que está sendo pesquisado e produzido em parceria com UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos). “Esse biopolímero que pode ser aplicado em substituição ao polipropileno, deverá atender a industria automobilística e também substituir o PVC na indústria de calçados, tanto que já está em andamento uma parceria com a Grendene para aplicação em escala industrial”, disse Brondi.

Também foi expositora do tema a Dra. Sindélia Freitas Azzoni, representante do Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, que falou sobre os bioprocessos e biorreatores. Segundo ela, o desenvolvimento das técnicas ligadas à biotecnologia revolucionou diversos setores das atividades humanas, sobretudo na área da saúde. Dra. Sindélia explicou as etapas do desenvolvimento de bioprocessos em que, desde a ideia de um produto potencial até a produção efetiva, o tempo de desenvolvimento é de aproximadamente 10 a 15 anos. A palestrante demonstrou a grande aplicação de produtos resultantes das pesquisas em biotecnologia na saúde. “Os antibióticos são os mais utilizados e representam cerca de 42% dos bioprodutos existentes no mercado”, informou a palestrante.

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