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Produção de etanol hidratado pode cair mais com fim de isenção de PIS/Cofins, diz Cepea

Gas pumps at an Exxon Mobil gas station are shown Sunday, Oct. 30, 2005 in Stamford, Conn. Crude prices fell Monday, Oct. 31, 2005 as the Organization of Petroleum Exporting Countries said it has “more than adequate” spare capacity to cover expected global demand this winter. Exxon Mobil Corp. reported last week that its third-quarter […]
Gas pumps at an Exxon Mobil gas station are shown Sunday, Oct. 30, 2005 in Stamford, Conn. Crude prices fell Monday, Oct. 31, 2005 as the Organization of Petroleum Exporting Countries said it has “more than adequate” spare capacity to cover expected global demand this winter. Exxon Mobil Corp. reported last week that its third-quarter […]

A produção de etanol hidratado, que caiu durante a safra de cana 2016/17 do centro-sul, diante da maior rentabilidade do açúcar e da perda de competitividade do combustível frente à gasolina C, pode diminuir ainda mais na nova temporada (2017/18) com o fim da isenção do PIS/Cofins sobre o etanol, avaliou nesta segunda-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A mudança, decorrente do fim do benefício presente na Lei 12.859/13, que dava aos importadores e produtores de etanol um crédito para abatimento de valores durante sua comercialização, passou a valer a partir do dia 1º deste ano, e deve acentuar a desvantagem do hidratado frente à gasolina, acrescentou o órgão da Universidade de São Paulo (USP).

O crédito correspondia a 21,43 reais por metro cúbico comercializado, para o PIS, e 98,57 reais por metro cúbico comercializado, para a Cofins, segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis).

O benefício ao setor de etanol foi concedido em 2013, como forma de ajudar a indústria que enfrentava preços relativamente baixos dos derivados da cana.

“Mudança recente na política da Petrobras para a precificação dos derivados de petróleo, buscando paridade com as cotações internacionais, associada a variações exacerbadas da taxa cambial no atual contexto político, elevam as incertezas quanto à competitividade do hidratado”, afirmou o Cepea em análise.

Por outro lado, o volume produzido de etanol anidro (misturado à gasolina) deve continuar crescente.

O Cepea afirmou também que deverá haver uma queda na safra de cana 2017/18 da região centro-sul– segundo estimativas preliminares, de 10 a 20 milhões de toneladas em relação à temporada anterior.

“Ainda, a não expansão da área com cana e os tratos culturais deficientes em empresas ainda em situação financeira comprometida reforçam a projeção de baixa”, comentou o centro de estudos.

Paralelamente, o Cepea disse esperar que no primeiro trimestre de 2017 haja alocação de área para plantio de cana de 18 meses, motivada pela melhora das condições financeiras no ano-safra 2016/17 e por expectativa de preços ainda elevados para o açúcar.

As informações são da Reuters.

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