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“Produção brasileira de etanol precisa atender especificações do mercado externo”, diz presidente da Fetaesp

Em artigo publicado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo, Braz Albertini, presidente da entidade, diz que o Brasil precisa demarcar seu território promovendo uma estruturação interna e lógica de produção de etanol, indicando um padrão que não deixe de atender as especificações do mercado externo, principalmente no mercado europeu.

Segundo Albertini, inclusive a concorrência externa é um fator que pode trazer obstáculos na supremacia brasileira no comércio do etanol. “Temos uma concorrência crescente com os EUA, que este ano estão batendo recordes de produção e negociação”, lembra.

Ele explica a produção de etanol tem se intensificado e sua função sustentável está no caminho correto. “Atualmente vislumbramos um levante do combustível, que oferece uma vasta gama de aplicações além do consumo automobilístico, como na produção de plástico ecológico e energia térmica e elétrica. Mas existe uma discussão sobre o potencial brasileiro de atender a demanda por etanol, tanto para o uso no país quanto para exportação. Segundo os especialistas de plantão, a expectativa é de que a demanda chegue aos 50 bilhões de litros, por ano, até 2015”, frisa.

Solução

Na sua opinião, o país tem condições de atender as demandas pelo combustível. “Há três décadas estamos manipulando e aperfeiçoando variações de biocombustível, então temos de criar condições que nos permitam manter nossa dianteira. Basta que não nos atemos apenas ao sistema das grandes empresas produtoras, mas que sejam fornecidos subsídios e incentivos para que as famílias de agricultores possam produzir em suas propriedades o biocombustível, e não apenas fornecer a matéria prima para sua produção”.

Há também, de acordo com Albertini, a necessidade de promover a união em cooperativas e realizar a comercialização do produto final para os distribuidores. “Com uma assistência técnica ativa e presente, orientando o sistema produtivo para que tenhamos um padrão, não deixaremos nada a dever as grandes empresas, que podem continuar operando normalmente e atender os mercados interno e externo, enquanto os pequenos podem abastecer suas regiões, diminuindo os custos com transporte, o que acabará por beneficiar os consumidores finais”, ressalta.

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