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Previsões da safra 16/17 apontam moagens diferentes. Quem está certo?

canaA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do governo federal, e as consultorias privadas Datagro e Agroconsult divulgaram recentes projeções para a safra 2016/17 de cana-de-açúcar.

A temporada entrou no segundo dos quatro trimestres nas usinas da região Centro-Sul do país e teve início na semana passada na região Norte-Norte, na qual a moagem tradicionalmente segue até março próximo.

As três estimativas chamam a atenção pela diferença de volumes de cana a ser processada na atual safra.

Para a Conab, que pertence ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil deverá alcançar 684,77 milhões de toneladas da matéria-prima do açúcar e do etanol.

O volume de cana projetado pela Conab é 5% acima da previsão revisada da safra brasileira pela consultoria Datagro. Para essa, as usinas de todo o país deverão alcançar 650,75 milhões de toneladas, ou seja, 34 milhões de toneladas abaixo do projetado pela empresa do governo federal.

A Agroconsult também apresenta projeção revisada com números diferenciados. Segundo Fabio Meneghin, analista-analista da consultoria, a moagem da 16/17 deverá ficar em 670 milhões de toneladas de cana, ou 14,77 milhões de toneladas abaixo da previsão da Conab.

Leia também: O que esperar dos próximos trimestres da safra 16/17?

Entre profissionais do setor sucroenergético, não é novidade as previsões da Conab estarem sempre acima das projeções de consultorias.

A principal explicação para a diferença é que os números da companhia do governo federal integram a cana destinada para etanol, açúcar e também para outras finalidades, como cana direcionada como alimento para animais e para produção de cachaça e álcool como o industrial.

No caso das consultorias, a previsão foca a cana a ser direcionada para a produção de etanol e açúcar.

Leia também: Safra 16/17 em 22 slides da Datagro 

Conforme apurado junto a analistas do setor, a questão é que a grande diferença de previsão pode modificar os rumos do mercado sucroenergético. E sinalizar preços para baixo.

A diferença de 34 milhões de toneladas de cana entre a projeção da Conab e a da Datagro equivale, por exemplo, a dez vezes a produção de cana que os cinco estados canavieiros da região Norte do país se preparam para moer na 16/17. Os estados de Roraima, Acre, Amazonas, Pará e Tocantins deverão processar 3,3 milhões de toneladas na 16/17, conforme prevê a Conab.

 

 

 

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