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Preço médio do PLD para 2018 é revisto e sobe 45%. Saiba mais a respeito

O valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para 2018 foi revisto e sobe 44,6%. A avaliação é da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para quem o preço médio do indicador foi revisto de R$ 195 o megawatt-hora (MWh) para R$ 282/MWh.

O novo valor médio para a região Sudeste/Centro-Oeste, principal submercado do sistema de energia elétrica.

A notícia, que também favorece as termelétricas movidas a biomassa de cana-de-açúcar, fica melhor porque, segundo o CCEE, o PLD pode subir para R$ 470/MWh no fim de julho próximo.

Mas por que o PLD terá o valor crescente?

Em análise do comportação do PLD entre maio e início de junho, apresentada em 28/05, Camila Giglio, da gerência de preços da CCEE, relatou explicações para a tendência altista do valor do indicador. Confira:

Afluência baixa: 

“A presença de uma massa de ar seco, principalmente nas primeiras duas semanas de maio, impediu que houvesse precipitação mais expressiva, refletindo em afluências abaixo da média histórica para o mês, um dos fatores que impactam no aumento mais expressivo do PLD.”

Como fica em junho:

Para junho, a previsão de afluências para o Sistema tem índices parecidos aos realizados em maio, com exceção ao Sul onde as Energias Naturais Afluentes (ENAs) devem ficar em 70% da média histórica, superior aos 41% do último mês. A previsão indica afluências mantidas em 79% da Média de Longo Termo (MLT) no Sudeste, em 38% no Nordeste e em 77% no Norte.

Reduções nos reservatórios:

Os índices abaixo da média, aliados ao fim período do úmido, resultaram em reduções dos níveis dos reservatórios do SIN, outro ponto de influência no PLD. Apenas no Norte os níveis mantiveram a recuperação observada no mês anterior, com índices em 71%, aumento de 2p.p. Há redução nos níveis no Sudeste/Centro-Oeste (-1,3p.p.), no Nordeste (-0,8p.p.) e principalmente no Sul, onde os níveis baixaram 12p.p.

Expectativa: 

Com isso, a expectativa para o fator de ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) em 2018 foi revista para 83,9%, com índices em 85,5% para maio e em 71,5% para junho. Quando a projeção do MRE é ligada à repactuação do risco hidrológico, que considera a sazonalização “flat” da garantia física, aponta índices de 79,7% em maio e 71,4% em junho.

Impacto financeiro: 

O impacto financeiro da análise do MRE, em um cenário hipotético de 100% de contratação da garantia física, também subiu, ficando em R$ 27 bilhões para o ano, sendo R$ 18 bilhões referentes ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e R$ 9 bilhões ao Ambiente de Contratação Livre (ACL).

 

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