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Preço do MWh da biomassa no spot deve ficar baixo. Sabe até quando?

O bagaço é a principal fonte das usinas para gerar eletricidade (Foto: Unica/Divulgação)
O bagaço é a principal fonte das usinas para gerar eletricidade (Foto: Unica/Divulgação)

O megawatt-hora (MWh) negociado no mercado spot deverá ficar no piso estabelecido neste 2016 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cujo mínimo é de R$ 30,25/MWh.

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O piso é quanto também deverá valer o MWh produzido pela biomassa da cana-de-açúcar no mercado spot até o meio do ano.

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A avaliação é da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que faz a gestão do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), usado como indicador de venda da eletricidade no mercado spot.

Uma das principais responsáveis pelo valor baixo do PLD é a consolidação das afluências próximas à média no Sudeste/Centro-Oeste e a manutenção de afluências elevadas no Sul mantêm o indicador próximo ao piso nesses submercados.

Até junho

O PLD deve continuar no piso nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte até junho.

Já para julho, nossas projeções indicam possibilidade elevação do preço que deve variar entre R$ 40/MWh e R$ 60/MWh, informa a CCEE. O PLD do Nordeste, que segue em valores diferenciados, fechou março em R$ 249,11/MWh e deve permanecer nesse patamar até maio, podendo cair abaixo dos R$ 100/MWh já a partir do segundo semestre do ano.

A Energia Natural Afluente deve fechar março em 99% da média histórica no Sudeste e em 195% no Sul, ainda influenciada pelo fenômeno El Niño nesta região. “O que vinha se configurando como um adiantamento do período chuvoso no Sudeste, em março não se caracteriza como um adiantamento, mas como normalidade”, destaca o gerente de preço da CCEE, Rodrigo Sacchi.

Já no Norte e Nordeste houve uma melhora significativa das ENAs em fevereiro, principalmente no Nordeste, situação que não se repete em março com afluências em apenas 32% da MLT. A situação do Norte denota atraso de cerca de um mês, o que deve influenciar positivamente na recuperação das afluências.

A análise dos níveis de armazenamento por submercado mostra que, ao longo de março, houve enchimento em praticamo ente todos os reservatórios do Sistema Interligado Nacional – SIN. O índice chegou a 57,4% no Sudeste, 98% no Sul, 56% no Norte e 34% no Nordeste, mesmo com a redução das ENAs na região.

“Com isso, as afluências possibilitam não apenas o enchimento dos reservatórios, mas também que o PLD fique próximo ao mínimo estabelecido pela Aneel para 2016, fechando a média de março em R$ 38,53/MWh nestes submercados”, lembra o executivo.

Saiba mais sobre o PLD

Segundo a Aneel, para 2016 os limites máximo e mínimo do PLD foram fixados em R$ 422,56/MWh e R$ 30,25/MWh, respectivamente.

O cálculo levou em consideração a Receita Anual de Geração (RAG) das usinas hidrelétricas em regime de cotas, nos termos da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, excluídos os valores relacionados à remuneração e à reintegração de investimentos, e adicionada a estimativa de Compensação Financeira pelo Uso dos Recursos Hídricos (CFURH) e a estimativa dos custos de geração da UHE Itaipu para o ano seguinte.

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