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Perspectiva de chuva na Paraíba se mantém dentro da normalidade para começo de 2017, afirma AESA

As previsões climáticas para o primeiro trimestre de 2017 se mantém dentro da normalidade, com possibilidade de chuvas características, localizadas e mal distribuídas na região Semiárida, Cariri, Curimataú e litoral paraibano. Essa projeção foi feita pelo meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Flaviano Fernandes Ferreira, nesta terça-feira (20), durante a palestra ‘Perspectiva Climática para 2017’, para produtores da cana-de-açúcar, no último ciclo de palestras técnicas do ano, promovido pela Associação dos Produtores de Cana da Paraíba (Asplan).

O meteorologista comentou ainda que se o aquecimento do oceano Atlântico se mantiver nos níveis atuais, a tendência é de que haja chuvas significantes entre março e agosto.Flaviano explicou e mostrou através de gráficos que o Oceano Atlântico está aquecendo, enquanto que no Atlântico Norte ocorre o fenômeno contrário, ou seja, um resfriamento, e que isso é significativo para a formação de nuvens no litoral do Brasil.

Além disso, segundo ele, a localização do vórtice ciclônico (aquelas espirais próximas ao continente facilmente visualizada nos mapas meteorológicos) está favorável para formação de nuvens. “Se o centro do vórtice estiver no continente, não há previsibilidade de chuvas. Mas, os mapas meteorológicos disponíveis atualmente mostram que ele está no oceano e suas bordas próximo ao continente e isso é um prenúncio de que as chuvas virão”, destacou o meteorologista.

Segundo Flaviano, os quatro sistemas que provocam chuvas no Nordeste estão relacionados aos Vórtices Ciclônico, Fase de Convergência, Distúrbios Ondulatórios e Frente Fria e neste momento a maior referência é o Vórtice Ciclônico que atua até fevereiro.“Infelizmente, não podemos fazer projeções de chuva a médio e longo prazo porque os fatores que influenciam a formação de nuvens e, consequentemente, as precipitações pluviométricas são dinâmicos e mudam sob o comando da natureza”, disse o metereologista diante de questionamentos sobre projeções mais duradouras.

O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, que abriu e encerrou as atividades, destacou que 2016 foi um ano atípico. “Tivemos uma melhoria no preço da matéria-prima, mas, em contrapartida a seca quebrou a safra em torno de 10 a 15%, o que anulou, praticamente, o nosso ganho.

Esperamos que 2017 nos traga outro cenário”, destacou Murilo que, na ocasião, também lembrou dos avanços da Associação, mais especificamente, em relação às melhorias no prédio sede da entidade. “Revitalizamos nosso patrimônio, com uma reforma ampla em nossa sede própria, criamos novos ambientes, incluindo outro auditório, mudamos os estacionamentos internos e externo e encerramos o ano com alegria, pois, apesar da crise, conseguimos avançar”, disse Murilo, anunciando que a tradicional confraternização de final de ano da Asplan será feita no momento de inauguração dos novos espaços do prédio sede. “Avaliamos que as conquistas mereceriam uma comemoração à altura do que foi feito e em tempos de crise seria uma incoerência de nossa parte realizar dois grandes eventos, daí decidimos realizar nossa festa na ocasião de inauguração do novo prédio”, disse Murilo.

“Esse momento foi importante para os nossos associados, que puderam saber, de forma antecipada e de maneira exclusiva, quais serão as perspectivas climáticas para o início do próximo ano”, avaliou o Engenheiro Agrônomo e coordenador do Departamento Técnico (DETEC) da Asplan, Vamberto Rocha. Ele lembrou que essa palestra foi o último evento do ano promovido pelo DETEC. “Encerramos nossa programação de 2016 com essa palestra. Ano que vem retomaremos nossos encontros técnicos, com temas relevantes para os nossos associados e, no final de março, teremos nova reunião para se ter uma previsão mais concreta da nossa estação chuvosa do litoral paraibano, onde se concentra a maior parte da nossa área de cana-de-açúcar”, concluiu Vamberto.

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