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Oferta de etanol deve somar 10 bi de litros até início da próxima safra

O cenário entre oferta e demanda de etanol deve ser equilibrado durante a entressafra, acreditam os executivos do Grupo São Martinho. Com a crise de crédito, muitas usinas com alto grau de endividamento sentiram a necessidade de ofertar maior volume de etanol no mercado do que o normal durante a safra para fazer caixa – embora esse fenômeno tenha deixado de ocorrer.

Com base em dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), o Grupo São Martinho acredita que o País deverá ter oferta suficiente de etanol para o consumo neste final de safra até meados de março ou abril do ano que vem, quando deverá começar a moagem da safra 2009/2010 na Região Centro-Sul. “Considerando a produção de outubro somadas às previsões de produção da Unica para novembro e dezembro, estimamos estoques de cerca de 10 bilhões de litros no País. O volume é suficiente para cinco meses de consumo, levando em consideração a média de vendas ao longo de 2008”, comentou Felipe Vicchiato, gerente de relações com investidores do grupo.

A demanda por etanol foi de 2 bilhões de litros por mês entre janeiro e outubro, em média, somando as necessidades do mercado interno e externo. No mercado interno foi de 16,3 bilhões de litros até outubro, enquanto que as exportações somaram 4,1 bilhões de litros no mesmo período acumulado.

Ainda segundo os executivos do grupo, a produção do biocombustível deve crescer novamente na safra seguinte, embora em menor ritmo. Um dos motivos seria o açúcar em patamar de preços mais atraente.

“Com o dólar forte e o preço do açúcar em torno de 12 centavos de dólar por libra-peso, o insumo voltou a ter uma cotação interessante”, disse João do Val, diretor de relações com investidores do Grupo São Martinho, ontem durante a teleconferência sobre os resultados da companhia no segundo trimestre de 2009, ano-safra 2008/2009. “Esse ano produzimos o máximo de etanol e o mínimo de açúcar. Estamos preparados para ampliar a produção de açúcar se for interessante.” Apesar da tendência de alta, do Val disse que ainda é cedo para determinar se a empresa ampliará sua produção de açúcar para se beneficiar da conjuntura favorável.

A escassez de crédito e a quebra de algumas usinas são motivos que também influenciam na tendência de preços do açúcar, pois levam à redução de oferta, segundo Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan S.A. Diante do cenário, a Cosan poderá fazer aquisições em 2009.

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