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Obra destaca vantagens da cana sobre outras matérias-primas na produção do etanol

Entre as principais conclusões do livro Bioetanol de cana-de-açúcar – Energia para o desenvolvimento, que será lançado amanhã (17) na abertura do Seminário Internacional sobre Biocombustível, em São Paulo, estão as vantagens da cana sobre outras matérias-primas na produção do etanol.

Do ponto de vista energético, a cana chega a render até sete vezes mais que o milho usado nos Estados Unidos. Outro ponto positivo é que o aumento da demanda de cana para produzir álcool não tem impacto na segurança alimentar, já a área plantada é menor se comparada à de produção de alimentos:

“No mundo, para produzir cerca de 50 bilhões de litros de etanol por ano, são usados 15 milhões de hectares de área. Ou seja, 1% da área em uso pela agricultura no mundo, que é de 1,5 bilhão de hectares”, revela a publicação.

O organizador e escritor da obra, Luiz Augusto Horta Nogueira, professor da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) cita dados do último Censo Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os quais a área cultivada nas propriedades agrícolas do país é de 77 milhões de hectares, que corresponde a 9% do território brasileiro. A área plantada com cana para a geração de energia é de 3,6 milhões de hectares (0,5% do território).

“Dizer que a produção de álcool no Brasil está afetando a produção de alimentos é desconhecer os dados mais fundamentais. Nós não temos problemas de restrições de terra para promover a produção de bioenergia em volume significativos. Mesmo porque com 23 milhões de hectares, que é a área plantada de soja hoje no Brasil, se colocaria 10% de álcool na gasolina a ser consumida por todos os países do mundo”.

Para Horta Nogueira não há dúvida: o etanol é viável, e sustentável, ambiental, econômica e socialmente. “Produzir biocombustíveis em escala global afeta a produção de alimentos? Considerando todas as demandas que temos de fibras, alimentos etc… existem condições de produzir biocombustíveis em volumes consideráveis sem afetar a produção de alimentos. Desde que eu faça isso de forma eficiente”, garante.

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