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Nissan mostra célula de combustível a etanol

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Protótipo do e-Bio Fuel-Cell

O presidente mundial da Nissan, Carlos Ghosn, mostrou no Brasil o e-Bio Fuel-Cell, primeiro protótipo movido por uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que funciona com energia elétrica gerada a partir do etanol. Em vez de um sistema fuel cell convencional, que converte hidrogênio armazenado sob alta pressão em eletricidade, a tecnologia aplicada produz o próprio hidrogênio a partir do etanol.

O veículo utilizado, uma minivan elétrica NV200 adaptada ao sistema, tem autonomia superior a 600 quilômetros utilizando um tanque de apenas 30 litros de combustível.

A tecnologia estaria disponível a partir de 2020, segundo Ghosn, mas a produção local e/ou venda de veículos desse tipo dependerá de incentivos fiscais, como já ocorre com modelos elétricos e híbridos: “Nós oferecemos a tecnologia, mas a regulamentação cabe a cada país. Apresentamos esse modelo ao Brasil pela grande oferta de etanol que existe aqui. Na China a tecnologia tem se voltado para os elétricos, nos Estados Unidos também. O modelo adotado depende do apoio do governo”, afirma Carlos Ghosn.

O sistema adotado no protótipo Nissan apresenta um gerador de potência movido pela SOFC, que se utiliza da reação de diversos combustíveis com oxigênio, incluindo etanol e gás natural, para produzir eletricidade. Além do etanol presente nos postos, a SOFC pode utilizar uma mistura com 45% de etanol e 55% de água, mais segura de manusear e favorável a outros mercados em que a oferta desse combustível é menor ou escassa.

A Nissan vai realizar testes em vias brasileiras com o protótipo da NV200. O veículo utiliza uma bateria de 24kW/h. O desenvolvimento da célula de combustível e-Bio já havia sido anunciado pela Nissan em junho, no Japão, mas agora foi mostrado mundialmente em um veículo. Em funcionamento ele emite menos de um terço do gás carbônico gerado por um modelo a etanol. A velocidade máxima está em torno de 130 km/h na NV200.

“Nosso sistema tem vantagens se comparado ao de um Toyota Mirai, que precisa de um tanque para armazenamento de hidrogênio sob alta pressão e também utiliza mais metais nobres”, afirma o líder do projeto do e-Bio, Kazuhiro Doi.

Entre os problemas a resolver até 2020 está o grande espaço ocupado, cerca de 350 litros, mais da metade do porta-malas da minivan.Além do e-Bio Fuel-Cell, Carlos Ghosn mostrou a versão definitiva do BladeGlider, um esportivo elétrico de três lugares exibido pela primeira vez no Salão de Tóquio de 2013. O motorista se senta ao centro do carro e os dois passageiros ficam ao lado e ligeiramente atrás dele.

O modelo atinge velocidade máxima de 190 km/h e acelera de zero a 100 km/h em 5 segundos. A potência informada pela Nissan é de 268 cavalos. Curiosamente, o carro usa portas com abertura para cima e para trás, ao contrário do que ocorre nos Lamborghini, por exemplo. Assim como o e-Bio-Ethanol, a expectativa é que o esportivo chegue ao mercado por volta de 2020.

Fonte: (Automotive Business)

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