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Moagem em 2015/16 deve variar de estável à queda de 3,6% ante 2014/15

As usinas do Centro-Sul do Brasil devem processar 541,4 milhões a 561,6 milhões de toneladas de cana na safra 2015/2016, com início em abril do próximo ano, segundo projeção da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). O volume estimado aponta para uma queda de 3,6% ou estabilidade ante o total previsto para a safra 2014/2015, cuja moagem deve terminar este mês.

“Na melhor das hipóteses, a próxima safra será igual à deste ano”, disse o diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, em seminário do setor em Ribeirão Preto (SP).

Segundo Padua, o cenário negativo para a cultura por mais um ano ocorrerá pela queda de 12,3% no plantio de cana-de-açúcar, incluindo renovação de lavouras, o que traz o envelhecimento dos canaviais e a perda na produtividade. Além disso, os tratos culturais serão menores e o único fator que pode melhorar a produção é a chuva, mas se o volume for insuficiente pode trazer impactos negativos com outro ciclo de estiagem.
A UNICA projeta uma produção de açúcar de 29 milhões a 30,3 milhões de toneladas na safra 2015/2016, quedas de 4,3% a 8,3% ante a produção de 31,7 milhões de toneladas estimada para este ano. Já a produção de etanol deve ficar estável em 25,5 bilhões de litros ou até chegar a 26,1 bilhões de litros, com alta de 2,2% na próxima safra.

Já prevendo um aumento de 25% para 27,5% na mistura do anidro à gasolina e ainda um crescimento natural do consumo de combustíveis, a UNICA estima que a produção desse tipo de etanol pode crescer 11,2% entre as safras, de 10,7 bilhões para 11,9 bilhões de litros. Já a produção de etanol hidratado deve cair de 0,3% a 4,3%, para 13,5 bilhões a 14,1 bilhões de litros em 2015/2016. No atual ciclo a produção deve ser de 14,7 bilhões.

“A notícia positiva é que há uma perspectiva de preços melhores por conta do aumento na demanda de combustíveis do ciclo Otto (gasolina e etanol) e a ainda pelo aumento na mistura. Com isso, o preço de venda do hidratado, hoje em R$ 1,29 ao produtor, pode ir de R$ 1,35 a R$ 1,40 para o hidratado melhor, o que impacta também no preço do anidro”, explicou Padua.

Por outro lado, de acordo com o diretor da UNICA, a crise do setor deve continuar e nove usinas devem deixar processar cana em 2015/2016 por conta de dificuldades financeiras, ante 11 que deixaram de moer em 2014/2015 e outras nove na safra anterior. Desde a safra 2007/2008, 68 usinas deixaram de processar cana por problemas financeiros.

Fonte: Agência Estado

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