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Minas Gerais deverá colher 27,5 milhões de toneladas de cana em 2006/07

Os projetos de expansão no setor sucroalcooleiro em Minas Gerais encontram sustentação na disponibilidade de áreas agricultáveis e também em áreas destinadas a pastagens.

O Estado tem hoje 24 usinas de açúcar e álcool, das quais 12 produzem açúcar e álcool, outras dez são produtoras somente de álcool e as duas restantes só produzem açúcar, segundo levantamento do Sindicato das Indústrias de Açúcar e do Álcool de Minas (Siamig). Em 2005/06, as usinas do Estado processaram 24,6 milhões de toneladas. “Nosso projeto é expandir 3 milhões de toneladas de cana por ano”, Luiz Custódio Cotta Martins, presidente do Siamig. As projeções para 2006/07 são de processar 27,5 milhões de toneladas. Em 1996/07, a produção estava em 8,98 milhões de toneladas.

Cotta lembrou que a área ocupada com cana-de-açúcar hoje no Estado ocupa 360 mil hectares, em 85 municípios. “O Estado tem condições de receber mais investimentos”, disse Cotta, durante o V Workshop Marketing Sucroalcooleiro, em São Paulo, no mês de março. A área total do Estado ocupa 58 milhões de hectares, dos quais 5 milhões de hectares somente no Triângulo Mineiro.

Segundo Cotta, a produção de cana no Estado cresce a uma taxa de 8,6% ao ano, enquanto no Centro-Sul do país esse crescimento é de 5,28% ao ano. No Nordeste, a expansão anual é tímida, de 2,8%. A taxa média de crescimento no Brasil é de 4,8% ao ano.

Na safra 2005/06, Minas Gerais foi o terceiro maior Estado produtor de cana do Brasil, com 24,6 milhões de toneladas, atrás do Paraná, com 24,8 milhões de toneladas, e de São Paulo, líder do país, com moagem de 242,27 milhões de toneladas. “Há 10 anos éramos o quinto maior produtor”, disse.

O Estado também ocupou a terceira posição como maior produtor de açúcar do país, com 1,74 milhão de toneladas, atrás de Alagoas (com projeção de 2,1 milhões de toneladas) e São Paulo, com 16,76 milhões de toneladas. Em álcool também ficou em terceiro lugar, com 966,1 milhões de litros, atrás do Paraná, com 1,04 bilhão de litros, e São Paulo, com 9,9 bilhões de litros.

A região do Triângulo Mineiro, maior produtora do Estado, processou 16,8 milhões de toneladas, ou 68% do total, e concentrou 79% da produção de álcool e 61% da oferta de açúcar.

Há projetos em logística e infra-estrutura para o escoamento da produção também pelo porto de Vitória (ES) e também com a construção de alcoodutos, que levariam o produto até Olho D’Água, no Rio de Janeiro.

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