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Estiagem prejudica a oferta de milho para fazer etanol

miA estiagem ameaça a disponibilidade de milho pra produzir etanol. Segundo apurou o Portal JornalCana, existe quebra estimada de 40% na colheita da chamada safra de inverno, ou safrinha, nos principais estados produtores do grão, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Em projeção revisada no começo deste mês, a consultoria INTL FCStone projetou produção de 49,4 milhões de toneladas na safra de inverno.

Esse montante representa queda de pouco mais de 400 mil toneladas em relação ao estimado em maio último para a safra em andamento.

A próxima revisão da consultoria está prevista para o começo de julho, mas, segundo a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, dificilmente haverá reversão da quebra de colheita.

“A seca já afetou o milho da safrinha e mesmo que ocorram chuvas agora, dificilmente as perdas serão revertidas”, afirma.

No geral, conforme a consultoria, entre a safrinha e a safra de verão, colhida em março último, o País deverá alcançar 76,64 milhões de toneladas de milho.

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Desse montante, três usinas do Mato Grosso que também produzem etanol a partir do milho, estimavam utilizar no ano passado 240 mil toneladas. Os números são do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado do Mato Grosso (Sindalcool-MT).

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O Mato Grosso é o principal estado produtor de etanol de milho do País. Projeções do Sindalcool-MT estimavam em 200 milhões de litros o volume produzido em 2015 pelas três usinas que usam o grão como matéria-prima do biocombustível: Destilaria Libra (processa milho e cana-de-açúcar ao mesmo tempo), Usimat e Porto Seguro.

O estado possui ao todo 9 produtoras de etanol e se prepara para receber outra, cuja matéria-prima será 100% de milho, em fase de implantação na cidade de Lucas do Rio Verde: a F & S Agri Solutions, controlada pela joint venture formada pela brasileira Fiagrill e pelo grupo americano Summit Agricultural.

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Goiás ‘estreou’ em dezembro de 2015 na produção de etanol de milho com a SJC Bioenergia, joint venture da Cargill e da USJ (dona da Usina São João) na Usina São Francisco, em Quirinópolis, que já produz biocombustível a partir da cana.

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