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Mercado Fornecedor

Há 60 anos à frente da Dedini Indústrias de Base, o empresário Dovílio Ometto acredita no novo Proálcool e na cogeração de energia a partir do bagaço de cana. Em entrevista exclusiva ao JornalCana, o presidente fala a respeito da consolidação da marca e das perspectivas da empresa para o mercado interno e externo.

A Dedini S/A Indústrias de Base, de Piracicaba (SP), originária da Codistil S/A Dedini é hoje uma empresa de capital totalmente nacional e que atua no mercado de fabricação de bens de capital sob encomenda. Objetiva a unificação de tecnologias das diversas empresas que foram incorporadas ao longo dos anos pelo Grupo.

O Grupo Dedini. tem participado significativamente no fornecimento de equipamentos e da infra-estrutura para as grandes indústrias do Brasil e exterior. A empresa é especializada na fabricação de equipamentos, peças e implantação de fábricas completas “chaves em mãos”, em diversos segmentos de mercado.

JornalCana – A mudança de razão social e o uso do nome Dedini vem como parte final de um processo de estruturação das empresas do Grupo?

Dovílio Ometto – Não seria um processo final, pois pretendo ficar muitos anos na Dedini e não vamos parar com o processo de transformação. Foi uma consolidação para gravar e registrar o nome Dedini, pois há 60 anos trabalho com a marca, que é sinônimo de qualidade em equipamentos industriais.

JC – As outras marcas que foram adquiridas pelo Grupo Dedini continuam em uso?

Ometto – Cada empresa incorporada trouxe consigo uma cultura própria, que não se “apaga” facilmente. Contudo, temos nos unido para adotar a Dedini como marca única. Desta forma, todas as tecnologias, equipamentos e serviços fornecidos pela empresa a partir de agora ostentam a marca Dedini.

JC – Quais as últimas inovações e fatos que fundamentam esse momento?

Ometto – Deverão aparecer nos próximos 30 ou 60 dias, pois a empresa está desenvolvendo grandes transformações nos processos de fabricação e nos sistemas de administração. Ao longo desse período serão anunciadas.

JC – Como está o mercado interno de equipamentos para o setor sucroalcooleiro?

Ometto – No momento estamos aguardando o novo Proálcool, que vem aí com muita força.

JC – O senhor acredita que o novo Proálcool saia do papel?

Ometto – Acredito e acho necessário, pois é uma energia ainda pouco aproveitada pelo Brasil, que encontra-se à disposição. A energia da cana-de-açúcar é comparável a 30% ou 40% à energia disponível do petróleo. Esse número é até assustador. Temos muito o que fazer com o Proálcool e com a cogeração que vem com força total, já que contribue para o meio ambiente, por ser menos poluente que as termoelétricas.

JC – Como está o mercado sucroalcooleiro para a Dedini?

Ometto – O mercado industrial em geral está bom e o sucroalcooleiro melhor ainda. Estamos crescendo muito. No ano passado nosso faturamento foi mais de R$ 200 milhões. Para este ano estimamos em R$ 400 milhões e temos fortes estimativas para 2003 e 2004.

JC – Como está a demanda por equipamentos de tecnologia sucroalcooleira brasileira no exterior?

Ometto – Estamos instalando uma base de operação em Vera Cruz, no México, que é o centro açucareiro do México. Essa base vai fornecer equipamentos para a América do Sul, Central, do Norte e o Caribe. Estamos negociando com um parceiro mexicano, que pode fornecer dados e dizer como são os negócios no local, já que o álcool está em plena expansão naquele país.

JC – A empresa tem sido procurada por países da Ásia?

Ometto – Estamos presentes na China, apesar de poucos pedidos. Temos mais pedidos da Índia, já que fomos felizes nos primeiros contatos com uma empresa indiana e atualmente estamos em negociações nas áreas de açúcar e álcool.

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