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Mercado segue positivo para o açúcar só até 2017, prevê diretor da Tereos

Costa, diretor da Tereos: tendências para o setor

O mercado internacional só deverá garantir bons preços para o açúcar em 2017, segundo Jacyr Costa, o diretor da Região Brasil da Tereos International, controladora da Guarani Tereos Açúcar & Energia Brasil.

A projeção do executivo contrasta com estimativas de analistas de mercado para quem o adoçante conviverá com bons preços também em 2018.

O ano de 2016, segundo Costa, foi muito positivo para o setor sucroenergético. “O setor está em fase de recuperação desde 2015 e nesse 2016 o encerramento é bom graças aos preços favoráveis do açúcar e à perspectiva do etanol”, diz.

“Um fato positivo para o setor foi a ratificação, pelo Brasil, do acordo da COP 21, o que realmente dará alento para o desenvolvimento de biocombustíveis.”

Não significa, entretanto, que a Guarani ampliará a produção de etanol na próxima safra, a 2017/18. “Neste momento é o açúcar que está mais rentável”, informa.

“Estamos em momento de déficit de açúcar, mas sabemos que toda commodity é cíclica, então é importante esse mercado de etanol para ser a nossa alavanca de crescimento.”

Costa acredita que haverá safra boa, em termos de preço de açúcar, na temporada 17/18.

“Na 18/19 eu não sei porque já se entra com a Europa [que pode incentivar as exportações do adoçante] e com possíveis recuperações de produção em outros países que enfrentaram problemas climáticos.”

Petrobras

O executivo da Tereos comentou com discrição sobre a decisão cautelar do Tribunal de Contas da União (TCU), emitida na quinta-feira (08/12), sobre a sistemática de desinvestimentos da Petrobras.

A Guarani é sócia da Petrobras Biocombustível (PBio), controlada pela Petrobras, em seis usinas e estaria negociando a compra das ações.

“Recebemos [a informação] naturalmente”, disse. “É uma decisão da Petrobras, dentro dos parâ.”metros dela de restrição por ser uma empresa estatal.”

Sobre as negociações relacionadas à venda das ações nas usinas, Costa é enfático: “primeiro a Petrobras precisa mostrar claramente o interesse de sair, e essa é uma decisão que irá caber à Petrobras, e não a nós.”

Conforme ele, não é possível comentar mais a respeito, devido a existência de acordo de confidencialidade entre os dois sócios.

 

 

 

 

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