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Mercadante discute aumento de etanol na gasolina

bomba_gasolina_19022013O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, agendou para amanhã reunião com entidades empresariais e outras autoridades de governo para debater um estudo técnico conduzido pela Petrobras feito para comprovar se é possível elevar a proporção de etanol anidro na gasolina vendida para 27,5%.

Considerada fundamental para amenizar a crise que afeta as usinas, a expectativa é que o Palácio do Planalto contemple o segmento sucroalcooleiro com a notícia de que os testes foram positivos.

Conforme publicado pelo Valor no mês passado, o estudo realizado pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes) já foi concluído e fontes do setor empresarial e do próprio governo afirmam que os testes realizados mostraram que os motores dos automóveis e motocicletas movidos exclusivamente a gasolina suportariam a nova composição sem perda de eficiência. Atualmente, o percentual de mistura está fixado em 25%.

Apesar de o Planalto vir guardando segredo sobre o estudo, fontes do grupo de trabalho criado para debater o tema há mais de três meses alegam que há indicativos de que o aumento da mistura não é maléfico aos motores do ponto de vista de carburação e não aumenta a emissão de gases poluentes.

Detalhes técnicos como nível de resistência e durabilidade dos motores à adaptação com a mistura ainda serão revelados pela Casa Civil. Há uma possibilidade de que o resultado final seja apresentado nesse encontro de amanhã.

Foram chamados para a reunião representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), da União da Indústria de Cana-de Açúcar (Unica), do Fórum Nacional Sucroenergético, do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Agricultura.

O aumento da mistura para 27,5% do teto do percentual já é permitido por lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff no fim de setembro. Mas, como diz a lei, a adoção de fato do aumento, depende do resultado de testes como os que foram feitos pelo Cenpes.

Apesar de agradar aos usineiros, a medida enfrenta resistência da indústria automobilística. As montadoras alegam que, com 27,5% de etanol anidro, a gasolina pode comprometer o desempenho dos automóveis movidos apenas com o combustível fóssil, afetando a combustão e gerando maior emissão de gases poluentes como monóxido de enxofre.

O aumento da mistura de etanol na gasolina é uma das medidas reivindicadas pelo segmento sucroalcooleiro e que estão em avaliação pelo governo. Já foi aprovada a inclusão do açúcar entre os itens financiáveis pelo programa de crédito para armazenagem, a Petrobras já reajustou o preço da gasolina e o Ministério da Fazenda vem sinalizando a volta do tributo Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE).

(Fonte: Valor Econômico)

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