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Mecanização extingue 37,7 mil vagas

O avanço da colheita mecânica nas lavouras de cana-de-açúcar paulistas eliminou, em média, 37,7 mil empregos de cortadores nos últimos quatro anos, de acordo com levantamento do Departamento Economia Rural da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal (SP).

Segundo o estudo, em 2007 – ano em que o governo e o setor sucroalcooleiro firmaram o pacto para o fim, até 2017, da queima da palha necessária para a colheita manual – uma média de 178.194 trabalhadores não qualificados, basicamente cortadores de cana, trabalhou nas lavouras. Em 2010, essa média anual de empregados caiu para 140 460 empregados.

“A redução ocorreu claramente pelo avanço da mecanização. Em cinco ou seis anos, quando todas as lavouras deverão ser cortadas por máquinas, a profissão de cortador de cana estará em extinção em São Paulo”, avaliou José Giacomo Baccarin, professor da Unesp e um dos autores do estudo. Ele lembra que se forem considerados os meses de maio e junho, pico do nível de emprego nas safras, o número de trabalhadores não qualificados entre 2007 e 2010 caiu mais de 47 mil no total.

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