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Investimento da PETROBRAS Biocombustíveis cresce mesmo com crise

Na contramão da crise financeira mundial, o orçamento para os investimentos da Petrobras Biocombustíveis deve aumentar, de acordo com o diretor da estatal criada este ano, Fernando Cunha.

Segundo ele, o orçamento inicial de 1,5 bilhão de dólares para o período 2008-2012 deve ser revisado para cima no novo plano de negócios da Petrobras para o período 2009-2013, previsto para ser divulgado no próximo mês.

“A Petrobras acabou de criar um empresa e se nós diminuirmos o orçamento de investimento não tem muito sentido criar a empresa. Ela criou uma empresa para a atividade de biocombustíveis crescer, e para isso vamos precisar de mais dinheiro”, disse Cunha a jornalistas, após participar do 10o Congresso de Agribusiness, no Rio de Janeiro.

“A crise é transitória, não podemos parar, a vida continua…Vamos olhar a crise com cautela, mas nós queremos crescer independentemente de crise”, adicionou o executivo.

A Petrobras Biocombustíveis possui 3 plantas operando no Brasil e analisa a construção de uma quarta unidade, prevista para o Nordeste brasileiro.

A carteria da estatal tem ainda projetos para a contrução de unidades de biocombustíveis no exterior e a empresa tem estudos para plantas na Colômbia, Angola e Portugal.

“Aglutinamos carteiras das áreas internacional, abastecimento e gás e energia. A carteira previa projetos fora do país. Eram projetos,mas não avançaram. Continuam lá no portifólio”, afirmou o executivo da Petrobras.

Ele acrescentou que a Petrobras Biocombustíveis já está diversificando a matéria-prima usada nas 3 plantas já instaladas. As unidades usam, além da soja, insumo principal para a fabricação de biodiesel no país, outras oleaginosas como girassol e dendê.

“Queremos desenvolver novas fontes, como pinhão manso e mamona. Não podemos ficar presos só a soja. Queremos fontes que não concorram com a produção alimentar (como é o caso da soja)”, declarou o executivo, que alertou que nos próximos dez anos a soja continuará como a principal fonte para a produção de biocombustível no Brasil.

“O que existe hoje no Brasil é soja. É desejável não concorrer com alimentos. Nós e outros agentes vão se voltar para outras fontes. Só 18 por cento da soja vira óleo… é preciso uma produção mais intensiva de outras fontes e o pinhão manso , que tem alta produtividade, deve ser o futuro”, concluiu.

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