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Imposto maior será repassado à gasolina

Em meio à polêmica sobre a redução dos preços dos combustíveis, o governo do Estado de São Paulo aumentou na última semana o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina. A medida terá um impacto entre R$ 0,02 e R$ 0,03 no preço final do combustível. O repasse já está sendo feito pelas distribuidoras.

A justificativa para o aumento, segundo um executivo de uma distribuidora, é compensar a perda de arrecadação que o Estado terá com o aumento do percentual de álcool anidro na gasolina de 20% para 25%. Isso ocorre porque o álcool anidro não recolhe ICMS. Então, um maior volume de álcool em cada litro de gasolina representa uma arrecadação menor, por litro, para a Fazenda paulista.

“Isso só prova que os verdadeiros malandros são os governos federal e estadual”, afirmou o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, referindo-se à ocasião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de malandros os donos de postos que não repassavam a redução promovida pela Petrobras no preço do combustível. “No momento em que o governo luta para reduzir o preço da gasolina, vem um Estado e provoca um novo aumento”, concluiu.

Números mostram

O resultado para o consumidor, porém, não será um aumento no preço, mas uma menor redução. As distribuidoras já estão repassando aos postos a queda no preço provocada pelo aumento da proporção de álcool, mais barato, e pela redução do preço do álcool.

A queda nas tabelas das distribuidoras fica entre R$ 0,05 e R$ 0,07, em média, em todo o Brasil. Em São Paulo, uma grande distribuidora reduziu em R$ 0,06 seu preço, já contando com a alta do ICMS. Sem a mudança no imposto, a queda poderia chegar a R$ 0,09, o que levaria o preço médio no Estado a R$ 1,92 por litro.

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