Mercado

Guiana busca acordos para atrair investimentos do Brasil

O primeiro-ministro da Guiana, Samuel Hinds, disse nesta quinta-feira que seu país está perto de assinar um acordo com o Brasil para analisar a possibilidade de desenvolver projetos hidrelétricos e de construção de estradas.

“Acho que estamos perto de assinar um acordo para que o Brasil e os organismos do Brasil possam ver a possibilidade de desenvolvimentos hidrelétricos na Guiana”, declarou o funcionário.

Em visita à sala de imprensa da 4ª Cúpula Presidencial da Unasul, o primeiro-ministro abordou vários temas, incluindo uma possível reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente guianês, Bharrat Jagdeo.

“Estamos interessados em ter o desenvolvimento de estradas desde Boa Vista (Roraima, Brasil) até a Guiana e talvez até a zona de Nova Amsterdam. As discussões estão avançando sobre isso”, revelou Hinds.

Com relação ao setor energético, o premiê indicou que a Guiana não tem um grande mercado para combustíveis, e por isso teria o interesse de atrair investimentos de empresas brasileiras no setor de biocombustíveis, “seja por própria conta ou em sociedade com nossas empresas”.

Ele mencionou que poderiam ser desenvolvidas plantações de cana-de-açúcar ou de soja para a elaboração de biocombustíveis. “Houve algumas conversas sobre esse assunto”.

No Brasil, o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, disse que, na reunião entre Lula e Jagdeo, será assinado um acordo mediante o qual a Eletrobras realizará estudos para identificar o “lugar mais propício” para a construção de uma hidrelétrica.

Em relação às obras de pavimentação, Baumbach indicou que se discutiria inicialmente obras em 450 quilômetros de uma estrada que une as cidades de Lethem, na fronteira com o Brasil, e Linden, distante cerca de 100 quilômetros de Georgetown.

Banner Revistas Mobile