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Grupo Cosan compra sua 17ª usina de açúcar e álcool

O Grupo Cosan, maior companhia de açúcar e álcool do país e segunda maior do mundo, acaba de fortalecer sua liderança no Brasil. O grupo anunciou ontem (dia 27) a aquisição da usina Bom Retiro, de Capivari (SP), a 17ª unidade da empresa.

O negócio foi fechado por R$ 120 milhões, conforme informou Pedro Mizutani, vice-presidente administrativo da Cosan. Na prática, entretanto, a negociação saiu mais barata, considerando-se que a usina Bom Retiro possui uma aplicação financeira de R$ 17,5 milhões em caixa.

Com sua mais recente aquisição, a participação do grupo na produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país salta de 8,5% para 10%. “A compra da usina Bom Retiro consolida nossa posição na região de Piracicaba”, afirmou Mizutani. Nessa região, a Cosan passa a contar com cinco usinas, incluindo a Bom Retiro. “Essa aquisição vai nos permitir uma sinergia administrativa e agrícola”, observou o executivo.

A Bom Retiro era uma das associadas da Copersucar, que reúne agora 29 usinas de açúcar e álcool. Para a safra 2006/07, a expectativa é que a usina produza cerca de 85 mil toneladas de açúcar e 35 milhões de litros de álcool, com o processamento de 1,1 milhão de toneladas de cana.

Com faturamento anual em torno de R$ 2 bilhões, o grupo Cosan prevê a produção de 3 milhões de toneladas de açúcar e 1,25 bilhão de litros de álcool em 2006/07. A expectativa é processar 36,5 milhões de toneladas de cana. Se confirmadas as estimativas, o volume representará 10% da produção total do Centro-Sul, prevista em 365 milhões de toneladas para este atual ciclo.

Ainda de acordo com Mizutani, o grupo continua de olho em novas aquisições. A meta da companhia é atingir uma participação de 20% da produção de cana do Centro-Sul do Brasil.

O executivo disse que a Bom Retiro também produz energia a partir do bagaço de cana. “A companhia está voltando o seu foco também para esse segmento”. Em recente entrevista ao Valor, o grupo informou que deverá investir cerca de R$ 250 milhões em projetos de co-geração de energia. Esses recursos serão aplicados em duas usinas do grupo – as unidades Rafard e Costa Pinto -, elevando a potência instalada das usinas em 75 megawatts (MW). Com essa ampliação, o grupo pretende vender energia excedente no mercado.

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